jura


Quando ao ver-te aborrecida,
Em teu sofá recostada,
Te propus, com voz magoada,
Consagrar-te a alma e a vida,
Uma proposta sentida,
Recebeste-a à gargalhada!
E logo eu disse: coitada!
Estás de todo perdida!



Como na boca do sapo
Se vai meter a doninha,
Hás-de cair-me no papo.
Não me escapas avesinha:
Não me tenho por guapo,
Mas que importa?
Hás-de ser minha!

autor:João Penha (1838/1919)
foto: Claudio Pinto

Comentários

Anónimo disse…
Não conhecia o poema nem o autor, mas este é de boa cepa. De antes quebrar que torcer - subtil referência a um episódio anterior lol. É notável que, apesar de estares de castigo, ainda consigas dar-nos a ler coisas divertidas como esta. E lá estão (também) os sapatos :)
Marsot disse…
Me gustò tu poema pero tengo una pregunta ¿esas piernas son tuyas ?

Es broma, felicitaciones por tu blog es muy entretenido
Anónimo disse…
Best regards from NY! » »

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