Esta manhã, ouvi vagamente o opinião pública a propósito do consumo de álcool nos jovens. Das muitas causas apontadas sobressaíram a diversão pura, a necessidade de afirmação- o álcool é um desinibidor que "abre portas" e integra o indivíduo no grupo, como se fosse um ritual de iniciação e que faz parte de um mundo simbólico de iniciação à vida adulta; a publicidade- o estímulo está em toda a parte- na televisão, nos anúncios, em outdoors, revistas, músicas, etc. e pior que isso, é exibida como um troféu, como parte essencial dos momentos de prazer, vinculado a sucessos financeiros e acertadas decisões e por aí... até aqui, sem grandes surpresas.
Mas, o que me deixou a pensar das intervenções que ouvi, foi o modo como os pais lidam com a situação.
Por um lado, há a falta de consciência plena de que o álcool não só já é avaliado como a real "porta de entrada" para várias toxicofilias, como é, por exemplo a maior causa de morte entre os jovens (por acidente) .
Apesar das recomendações que quase todos os pais fazem, existe alguma complacência a respeito do álcool, reforçado por um ritual de apoio ao beber socialmente; uma das frases mais largamente usada pelos pais é podes beber desde que outra pessoa conduza- o que não deixa de ser um estímulo ao acto...
Por outro lado, nestes tempos sob a égide da informação, o que transparece não é tanto a falta dessa informação mas a forma como ela é vinculada- será que somos suficientemente assertivos na forma como tentamos prevenir?

Comentários

Anónimo disse…
Será que só são os pais? E que fazem as escolas, nomeadamente as superiores, através das TUNAS, onde algumas promovem o estado de arte em Beber bebidas com teor alcoolémico.

Pois, especialistas dizem-me que beber bebidas com algum teor de álcool não é por simemsmo um mal. Alguns médicos recomendam que se beba vinho ás refeições, um digestivo após, água entre as mesmas ...

O problema é o da fronteira entre o bem e o mal, ou melhor a forma como a comunicamos.

E aqui será que os sistemas familiares, educativos,e de saúde estão preparados convenientemente preparados, para lobisticamente exercer pressão no sentido de contrariar o negócio .

Qual a instituição médico/sanitária deste país que se atravessa a dizer á refeição: não bebam vinho,cerveja... mas apenas água lisa...

Contudo, as mesmas já têm um comportamento diferente quanto aos cigarros.. e porquê?
Simplex
wind disse…
Como mãe não me posso manifestar porque não o sou, como educadora sempre preveni e discuti com os meus educandos os perigos do álcool. Beijos
Parrot disse…
Cris,

Já lá vão uns anos que deixei de trabalhar "na noite" e o consumo é, basicamente uma questão de integração no grupo e afirmação (independentemente da forma de afirmação).

O outro problema é a permissividade que toda a sociedade dá a estes assuntos, a começar pelo governo (lei da publicidade e da venda de álcool a menores) e acabando na família, ou ao contrário (se calhar deve começar na família).
O problema fundamental, do meu ponto de vista, é que, como diz S.D.Levitt, é que a "morte provocada por uma ataque terrorista é terrível....a morte por doenças cardíacas (ou acidente nas estradas, acrescento eu) não o é".....apesar de morrer mais gente nas estradas do que por ataques terroristas.

Beijinhos
Cristina disse…
albi

é verdade, há diferente tratamento entre o tabaco e o álcool, pouco compreensível quanto a mim, o álcool além de matar o proprio mata os outros, está relacionado com acidentes, com violencia domestica, ja para não falar da propria dependencia e suas consequencias.
em relação à educação, esta depende da família. a escola dá formação, mas raramente altera os hábitos de alguém se a família não estiver sensibilizada para isso.

beijo
Cristina disse…
wind

é importante tratar o alcool como qualquer outra dependencia, as caracteristicas são as mesmas, o comportamento anti-social é em tudo identico :)

beijo
Cristina disse…
parrot

sem dúvida o álcool é uma grande causa de morte no nosso país, quer por efeitos directos quer pelos efeitos em terceiros. sabes, os ataques terroristas são mais mediáticos, o álcool mata ao longo do tempo e de forma dispersa....com permissividade da sociedade e até estímulo.

beijinho
Pêndulo disse…
Este post merece um brinde.
Cheers !
maloud disse…
Não é uma marca de cervejas que patrocina a selecção? Se patrocina uma actividade desportiva, como impedir que patrocine queima das fitas e outros eventos juvenis? Por decreto?
Agora quanto ao excesso de álcool matar terceiros, alguém já viu alguma campanha nesse sentido? Eu só vejo os desgraçados dos fumadores passivos, que, de repente, descobriram que são friamente torturados até à morte.
Alien8 disse…
Cristina,
A falta de combate à generalização (institucionalização, diria mesmo) do hábito de beber sem conta nem medida entre as camadas jovens é deplorável. Por jovens, entenda-se a partir dos 10 aninhos, que esses já entram nos "rituais". Ou até antes.
A forma de beber é simples: quanto mais depressa se embebedarem, melhor. Isto foi-me referido várias vezes pelos meus filhos e por amigos deles.
A publicidade tem culpas, o marketing e as "modas" também, mas não chegam, quanto a mim, para explicar tanta adesão à bebedeira (porque é disso que se trata, mais do que do prazer de beber). Há certamente algo que falta, um vazio que dá lugar ao êxito do vício do álcool, como ao do vício das drogas, que também começa cada vez mais cedo.

Maloud: vamos criar uma associação de "bebedores passivos"? Bem, eu bebo de vez em quando, por isso não poderia ser sócio, ou será que poderia?

Beijos, Cristina.
Cristina disse…
pendulo :S

o que é que tu queres?..diz lá..
Cristina disse…
Maloud

a Sagres, se não me engano! pois é..e os putos continuam a morrer por essas estradas.e a matar outros, é lamentável.

não sei quando será possivel acabar com este culto do alcool, provavelmente nunca, se os produtores de vinho influenciam as decisões do governo em termos de limites de alcoolémia permitidos para conduzir, o que é que se pode esperar?

bj
Cristina disse…
alien

esse vazio...não queria ser radical, mas não terá tambem a ver com a falta de responsabilização?

repara esta malta é filha da geração de 60, a geração dos "porreiraços",do pos 25, dos que achavam que os miudos devem ter liberdade para fazerem e viverem como entenderem...
é capaz de ter a sua importãncia.

digo eu.


beijos, muitos.
maloud disse…
Cristina
Os filhos da geração de 60, a minha, já vão nos trinta. Estes são filhos da geração de 70.
É assustador mesmo!!!!

Assusta-me que não se saibam divertir sem ingerirem uma dose de alcool primeiro. Vão para os bares às 10 da noite para sairem de lá às 3 da amanhã para ir para discotecas em seguida!!!
Muitos deles bêbados que nem um cacho.
Muitos começam aos 14 anos!!!

Assustador e tenebroso!!!
E não ...não estamos a ser suficientemente assertivos!
Bjs
Cristina disse…
maloud

eu também nasci nos anos 60, a minha mais velha tem 12 lool. mas as minhas primas (das mesmas idades) têm filhos na faculdade, precisamente nessas idades das noitadas e dos carrinhos dos pais, e das bebedeiras...um stress.
Cristina disse…
papoila


pois não, há que mudar a mensagem...acabamos por achar graça às maluqueiras e aceitar, e desculpar....quando se dá por isso, é tarde.
beijos linda, adoro ter-te por cá :)

beijinhos
Alien8 disse…
Cristina,
Não são os filhos da geração de sessenta, embora pudessem ser. Há falta de responsabilização, mas esse é um dos aspectos "negativos". Eu referia-me aos aspectos "positivos" - os que levam a malta nova a beber. A responsabilização contraria a tendência. Mas a tendência, donde vem?
Beijinho.
Anónimo disse…
É assustador sim.
Mas é uma missão que cabe essencialmente aos progenitores, se não forem os Pais a educarem os próprios filhos, quem o vai fazer???
Ha que não confundir papeis, professor tem uma função, os Pais têm outra. Tb eu tenho um teenager em casa, e sei q o alcool é um problema, tal como cada teen, é diferente dos outros.
Mas na minha opinião cabe-me a mim fazer com que ela entenda os malefícios do alcool, nunca quis que os profesores fizessem de Pais dos meus filhos......
Depois ha tb outros problemas, a publicidade, e a necessidade q eles têm de beber, mesmo sem gostarem para se sentirem iguais aos seus pares. Há que lhes fazer ver, que dizer "não" é ao contrário do q julgam um acto de coragem.
E já aqui vai testamento, o q não o meu género :)
Beijos e bom fim de semana
Anónimo disse…
E já me esquecuia, de um outro problema, os chamados "shots", q a juventude toma rapidamente apenas para ficar bebado,e são geralmentes jovens q não bebem durante a semana, e vai os "shots" q caiem q nem bombas.....
*******
MariaTuché disse…
É assustador é só o que me ocorre depois de ter visto a matéria na televisão :(
maloud disse…
Cristina
Normalmente chama-se geração de 60 a quem passou a adolescência nesses anos "loucos" e não a quem nasceu na década de 60. Esses é que fizeram um corte com a mentalidade até aí dominante. Os outros usufruíram do impulso.
Cristina disse…
maloud

tem toda a razão, de facto referi-me aos nascidos nos anos 60, que fizeram a adolencencia no pos 25 abril, que é o meu caso...(expressei-me mal. sorry..)parece-me que é neste grupo que se encontratam os pais do facilitismo em relação aos filhos, não?
Anónimo disse…
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Anónimo disse…
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