Li no Courrier que os agricultores alemães estão furiosos, tudo porque o governo federal diminuiu o recurso aos operários sazonais estrangeiros, na sua maioria polacos. A ideia de os substituir por desempregados alemães de longa duração, não resultou. Conta um agricultor que, dos 47 desempregados que o centro de emprego lhe mandou, só 5 aguentaram além do quarto dia, perdendo largamente na comparação com os trabalhadores polacos: "enquanto estes colhem 100 quilos de morangos por dia, os alemães não vão além dos 40, alguns até tiveram dificuldade em entregar um caixote de 5 quilos". A federação de agricultores fez um inquérito a 400 agricultores a quem tinham sido prometidos 2500 trabalhadores. Destes, só se apresentaram 1400. Destes, 600 assinaram contrato e destes 300 desistiram na primeira semana.
Conclusão, o presidente dos agricultores exige que os polacos sejam readmitidos e até reforçados para a próxima época, "só 1/4 dos agricultores está disposto a contratar alemães".
Ora veja-se como de repente se põe a xenofobia na gaveta. Ou, ser desempregado, continua a ser uma grande profissão, em alguns países...
Comentários
Sempre se soube que os emigrantes fazem aquilo que os oriundos do próprio país não fazem.
Logo, convém aos patrões pagarem menos e terem mais produção.
Quanto aos desempregados a papinha é a mesma que cá.
Os filmes são sempre os mesmos.
beijos
Os sindicatos cuidam sobretudo dos interesses dos que já têm emprego.
Vou querer me mudar para uma Life on Mars...
aqui não se põs o problema dos ordenados, eles pagavam o mesmo e houve à partida milares de desempregados que eatariam dispostos a aceitar. só que chegados lá...a coisa se lhes afigurou "demasiado dificil". também compreende-se, os alemães são fraquinhos....:ppp
beijos
mas é efectiva, não é??
;)
nem mais, são os que têm emprego, muitas vezes garantido,que têm sempre imensos problemas..:D
beijos
senta aí um bocadinho, queres um refresco?? ;))
e um beijito..
Como se compreende que, em Portugal, um médico neurologista ucraniano trabalhe nas obras de construção civil, como pedreiro, ou uma arquitecta russa trabalhe numa qualquer empresa de serviços de limpeza ???
em relação ao medico,
pode não ter ainda conseguido fazer prova da formação ou não ter seguido as exigencias oficiais todas, a partir daí não ha grande dificuldade em trabalhar como tarefeiro pelo menos.
nas outras profissões têm 2 problemas:
a dificuldade das equivalencias e a NÃO NECESSIDADE. ninguem pode ter como certo que emigra para um país para exercer a sua profissão quando nesse país há desemprego nessa área. nem os naturais o aceitariam, não é?
beijocas
Um beijo, Cristina.
yes it does!! lol
we have the africans and the eastern European workers. I think all the european countrys have (except north..)it is exactly the same problem, but, i think i can't say that we "don't want them living here", there is no conflict, we realy need them..
kisses
mas quem serão os "obreiros" dessa produtividade? os alemães ou os milhares de imigrantes na alemanha?
ora, partindo do principio que, a maioria dos empresários será alemã, e uma grande maioria dos trabalhadores imigrante, posso concluir que o que correu bem à economia alemã foi juntar o útil (o rigor dos empresários) ao agradável (a força -talvez algo bruta- da mão de obra dos estrangeiros)?
e então cá? estrangeiros já temos...acho que nos faltam mesmo são empresários rigorosos...
pode ser que seja.... :/
Zab
os alemães são mais exactamente bons gestores, bons organizadores, mas como dizeis, o trabalho braçal é feito muito à custa dos emigrantes...
e zab, tem toda a razão, o nosso drama é a organização, a seriedade e o rigor.
beijinhos