do comentário do FadoAlexandrino:


É recebido um envelope onde lá dentro estão os dados pedidos. Mas também lá vem outro envelope com a indicação "Não abrir - Não pertence ao processo".Os jornalistas abriram e nem sequer o primeiro envelope lhe era dirigido. Então quem é que é culpado? Notas Finais: Os jornalistas presumem-se os donos do mundo e os detentores da verdade universal. Como se pode ver aqui não estão longe de o ser.

Fado, não me parece que se possa fazer um paralelo, neste caso. Repara: os jornalistas tiveram acesso a alguma coisa que não lhes tivesse sido facultado? de que forma esta informação, não fazendo parte do processo, estava naquele envelope e lhes foi parar às mãos? Qual a verdadeira razão destas escutas terem sido feitas e a quem interessa as fugas nos processos da procuradoria e a "confusão"? E são os jornalistas que ficam mal na fotografia? Serão, mas só?

Bom.... são questões que eu, defeito meu?, nunca verei respondidas. E tenho pena.

bom fim de semana.

Comentários

Ora aqui estão algumas questões interessantes.
Mas começemos pelo fim.
Não há escutas nenhumas
Há apenas listagens de telefonemas feitas por beltranos a sicranos.

Continuemos.
A listagem pedida com o anexo codificado, foi levantada por dois advogados dos réus.

Como é que ela foi para às mãos dos jornalistas?
Um milagre de Santa Filomena!

É verdade.
Apenas divulgaram.
A tiragem aumentou.
Levou...na moleirinha.
É a vida, dizia o outro ( onde é que andará?)
Cristina disse…
fado

ok, listagens de chamadas. achas que foi só isso? contentar-te-ías com o facto de saber que A telefonou a B? eu secalhar não...looool

pois, a tiragem aumentou, mas não foi só isso. a responsabilidade da procuradoria nestas investigações, é ultrapassada pelo escandalo. fica-se com a ideia que o procurador até podia ter feito mais, mas por alguma razão "obscura", não conseguiu...só vantagens..

beijinho


e tenho que saír, volto mais logo ;)
wind disse…
Ai fado nesta discussão nem entro, porque não nos entendemos e chamas-me logo de caviar sem eu ser.lololol
beijos para os 2*
maloud disse…
Tanto quanto percebi esse envelope pertencia ao processo do Paulo Pedroso, que já tinha sido arquivado. Ora tudo o que estava nesse dito processo podia ser consultado livremente. Foi o que os jornalistas fizeram.
Beijinho, Cristina
PA disse…
Penso que o que está em questão, e suponho que será a isso que Fado Alexandrino se refere, é uma "coisa" que dá pelo nome de - SEGREDO DE JUSTIÇA - mas que em Portugal, é uma regra jurídica absolutamente "furada" pelos vários e diferentes Agentes da Justiça, que contrariamente deveriam ser os primeiros a cumprir a citada regra. Mas não os únicos, claro.

É bom não esquecer, não querendo com isso desculpabilizar, qualquer actuação passada do Procurador Cessante, de que foi descoberto na Procuradoria, uma funcionária assessora do Procurador, que fazia passar informação, e não foi caso único.

Também no passado, no gabinete do ex-Procurador Cunha Rodrigues (antecessor de Soutomoura) foi detectado um microfone (suponho que no pavimento) que permitia gravar, tudo o que se passava naquele Gabinete, obviamente sem o conhecimento do seu "inquilino".

Se por um lado é missão do Jornalismo, informar, esse mesmo Jornalismo, tem obviamente de ter em conta, os limites da Lei, no que concerne ao direito à privacidade e ao bom nome de qualquer cidadão, seja figura pública, ou não, e também, aferir se o conteúdo de uma notícia pode ou não, interferir na estabilidade política (interna) do País. Há coisas que são demasiada sérias, e valores mais altos se "alevantam" do que o mero número de tiragem de jornais, ou de share de audiências.
Alto e pára o baile ... !!!

Em nome da liberdade de expressão, não pode valer tudo.

Muito em particular, quando estão em causa, figuras, como o Presidente da República Portuguesa, o Primeiro Ministro, o Presidente da Ass. da República.

É que penso sobre o assunto.
Anónimo disse…
Não, não é por defeito seu que nunca as verá respondidas.

É por outras razões.
Ulisses Martins disse…
É mais um capítulo da palhaçada e chacota em que se tornou a nossa vida política e jornalística. Não há regras nem esperanças que não sejam violadas e destruídas. No "faroestismo" da República das Bananas, em que isto se tornou, vale tudo.
E viva a democracia.
1 Beijo
Parrot disse…
Pois...eu não acredito em milagres, também não acredito em coincidências (algumas), e não sou otário.
:))))

Beijos e abraços
Viva Cristina
Realmente as questões que levantas são pertinentes.
Permite-me que levante outras que, eventualmente por lapso, não mencionaste.
O pedido feito pelos 2 advogados é correcto, do ponto de vista judicial?!
A listagem das chamadas de "A" para "B" são relevantes para o processo?!
Todas as chamadas que estão referenciadas foram as solicitadas?! Houve alguma preocupação, quer pela PT quer pelo MP de eleminar o que não interessava?!
O segredo de justiça foi "quebrado" pelos jornalistas, onde?!
Foram estes que assaltramas as instalações e "roubaram" o conteúdo do envelope?!
E quem é que entregou a informação?!
O jornalista não tem o direito e o dever ético de informar?! E de investigar para fundamentar a sua informação?!
Se em vez de um 24 horas (jornal que não leio, nem recomendo - mas não está em causa a qualidade do jornal), fosse um jornal Público ou o Expresso, teria havido a mesma reacção?!
É lógico que não seria de esperar outro tipo de desfecho.
O problema residiu no MP. O problema residiu num controverso e falhado mandato de Souto Moura.
Alguém esperraria que a ntidade que promove a realização do inquérito se vá auto-crucificar?!
Ainda bem que o nosso jornalismo se pauta, para desgraça do FadoAlexandrino, por algum bom senso e algum comedimento.
Se isto fosse em Inglaterra, o Procurador estava desgraçado.
Até a côr da boxers ou dos slips iam descobrir.
Por cá, infelizmente, é a justiça que temos e que mereçemos.
Cumprimentos
migas (miguel araújo) said...

Acho que não me compreendeu, erro meu, por ventura.
Vamos a ver se consigo esclarecer o meu pensamento:

Foi pedida uma listagem das chamadas de Paulo Pedroso, enquanto utente de um telefone subsidiado pelo estado.
Pela primeira vez foi pedida em suporte que não o papel.
A PT enviou uma ou mais disquetes com o solicitado e numa ou mais, encontrava-se um ficheiro (protegido) abrangendo a totalidade das chamadas (note-se apenas os números envolvidos e nenhuma conversação) de vários ou todos os utentes subsidiados pelo estado.
Alguém descodificou esse filtro e o jornal publicou uma notícia bombástica sem qualquer relevãncia para o andamento do processo.

Uma vez que ninguém se acusa de roubar um segredo onde não devia ter mexido acho muito bem que o(s) jornalistas sejam condenados.

esta é a minha última intervenção sobre este assunto, respeitando as outras opiniões.
Pêndulo disse…
Face à degradação da vida pública, não só em Portugal mas em todo o mundo Ocidental, compreende-se melhor o alastrar dos extremismos islamitas. Há, sem dúvida, uma crise de ética na nossa sociedade que originará, também aqui, o alastrar de extremismos.
Veja-se o que aconteceu com o caso Casa Pia, nasceu como arma política e depois de tanta algazarra parece claro que só Bibi será punido. Veja-se que Herman continua a apresentar programas e a ser capa de revistas (recordo que Herman não foi implicado por, na nossa moldura legislativa, o sexo com maiores de 16 ou 14 anos é menos censurado).
Há um alastrar de podridão de cima abaixo. Quando a Diana salvaguarda o primeiro-ministro e outros desta devassa refere-se aos cargos, infelizmente os cargos são ocupados por homens, homens sem palavra, vis, corrompidos e corruptores da Honra. Já se esqueceram do "Não vou aumentar os impostos" ? Eu não.
Por outro lado, apenas na blogosfera há espaço para a exposição pública das opiniões e exercício da cidadania. Nos outros espaços as vozes são filtradas, ou por interesse económico como na SIC ou TVI , ou por vassalagem política na RTP com Luís Marinho. O cidadão é formatado e conduzido como ovelha e os jornalistas, com as devidas excepões , fazem as honras de cão pastor.
No ponto em que nos encontramos so o surgimento de facções armadas que executem acções bélicas em alvos seleccionados (não falo do bombismo cego) poderá pelo medo dar um pouco de decência. Infelizmente um grupo desses descambaria, como é usual, numa organização de extorsão com vista à sua perpetuação. Talvez fosse um risco aceitável.
Recordo um slogan de Garcia Pereira numas eleições de há uns anos :
" Os cavacos também se abatem. Ajude-nos a abatê-los"
É isso ou cairemos no fundamentalismo religioso.
Alien8 disse…
Os jornalistas têm o direito e o dever de informar. Tèm também, como qualquer cidadão, o dever de respeitar a lei e os limites da decência, tanto na busca de elementos como na forma de os apresentar. Posto isto, alguém resolveu lançar a alguns deles um isco apetecível. Esse alguém teve, certamente, motivos para o fazer. Isso é que eu gostaria de ver investigado pelos profissionais do 24 horas. No entanto, ouço o director do jornal proclamar que vai promover uma investigação muito mais bem feita e mais profunda do que a PGR conseguiu fazer. Presunção à parte, fica a calma com que o cavalheiro atira a investigação criminal da PGR para a lama. Já agora, para que servem a PJ, o MP e a PGR? Acabe-se com eles, que o 24 Horas dá conta do recado... Não há paciência!

Um beijo, Cristina.
Caro Fado Alexandrino
Não se vá embora, nem fique tão "assanhado". Isto nada é mais que a troca respeitosa de opiniões diferentes.
Pela democracia e pluralidade.
Vir só aqui (ou a outros espaços) dizer bfs ou beijinhos e abraços, não me chega.
Assim como não me chega o que referiu no seu último comentário. Não me chega, porque o meu caro acabou por me suscitar mais algumas interrogações retóricas.
Primeiro deixe-me explicar-lhe que não sou jornalista.
Depois permita-me ainda que lhe diga que há bons e muito maus jornalistas em portugal. Há bom e muito mau jornalismo em portugal.
Mas isto não sai da cabeça.
É pedido em suporte digital o registo das chamadas do Dr. paulo Pedroso. Como é que a PT não tem capacidade informática para filtrar essa informação e disponibilizar somente essa informação?! Ficheiros protegidos no dias de hoje em PC's?! Isso já não existe.
No que se refere à relevância para o processo, tenho de discordar da sua opinião. É certo que este processo se arrasta pelo mediatismo, pela inércia da nossa justiça, pelo peso social e político dos seus intervenientes. Repare que situação idêntica os Açores foi concluída em tempo record, quase com direito a entrada no Guiness.
E este processo é em tudo um processo onde a relevância dos factos muitas vezes externos e aparentemente irrisórios tomam proporções enormes se devidamente investigados e informados. Tanto é que a própria noticia no Sol de hoje sobre o abandono do processo por parte do Dr. Proença de Carvalho é, no mínimo, intrigante.
O 24 horas (jornal que eu não leio, por não se enquadrar no tipo de jornalismo que me atrai, dado o seu sensacionalismo infundado, na maioria dos casos), no caso concreto, acabou, como o meu caro, afirma de descobrir uma bomba informativa.
Bomba essa que não procurou. Alguém (ou mais do que um) teve o "cuidado" de lhe fazer chegar às mãos, sabendo à partida qual o seu resultado noticioso. Porque não foi entregar a outro jornal?!
E onde está a responsabilidade dessa pessoa (ou mais pessoas)?!
E o Ministério Público?! Foi responsabilizado pela fuga de informação?! Fugas aliás que se repetiram inúmeras vezes neste mandato do ainda PGR.
Meu caro. Em portugal, a justiça é tudo menos igual para todos, aberta a todos e muitas vezes, nada tem de justo.
Por mim esteja à vontade para me contrariar.
Cumprimentos
Anónimo disse…
Miguel Araújo,

Estou completamente de acordo consigo.

E, para além do mais, Você está a contribuir para que este simpático blog da Cristina não descambe para um unanimismo serôdio.
Que ela não merece.
Cristina disse…
Obrigada pela participação e o trabalho a que se deram...

Miguel, concordo completamente consigo.

Alien, os "motivozinhos" é que era! lol

Fado, a PT enviou coisas a mais? assim, sem mais nem menos? ingenuidade? ups!custa a crer...é só isso, custa mesmo muito!

um beijinho
Unknown disse…
uiii... tás ir por caminho pantanoso...

um jornalista isento, apartidário e cumpridor do seu código deontológico não é dono da verdade, mas tem a obrigação de informar o seu leitor.

para tal, a única verdadeira pergunta que tem de fazer a si próprio, é se as informações que tem em mãos são de interesse público. se tal for afirmativo, só tem de publicar, doa a quem doer.

portantos... donos da verdade não somos, mas temos a obigação de informar.

quanto ao envelope... que não estava endereçado... curiosidade a isso obriga... ainda para mais sabendo que podia conter informações importantes para o caso prestes a ser tornado público.
Cristina disse…
desi

entendo isso perfeitamente!!! a questão é exactamente: sabendo isso, a informação vai assim?....tão inocentes que nós somos....lol


agora, mesmo havendo interesse publico..onde ves os limites? isso é tambem interessante saber, és a pessoa indicada para nos dizer :)


beijocas
Unknown disse…
simples, havendo interesse público, não há limites!

só assim se consegue ir ao
c(h)erne da questão!

não é nosso dever deturpar os factos, interpretá-los ou manipulá-los. temos apenas de os publicar.

a informação é feita de factos.

sobre o envelope 9 eu não tenho toda a informação. mas pelo que sei, e apesar de o 24horas ser um pasquim com tendências tablóides, penso que este caso foi tratado como mandam as regras. eu, e qualquer jornalista, se recebesse um envelope, mesmo não sendo para mim, estando no meio de uma investigação e suspeitando que contivesse informaçãoes para aclarar essa investigação, abri-lo-ia sem problemas. depois de analisado, iria concluir se ajudou ou não, e agiria em conformidade. devolvendo-o a quem de direito.

para mim, um jornalista em pleno exercício das suas funções é como um polícia. não precisa de autorização superior para agir, sejam quais forem as consequências!

Por isso existe o sigilo profissional, que em momento algum pode ser quebrado, esteja o que estiver em jogo.
Unknown disse…
já agora, nós não somos, nem pretendemos ser polícias, só não temos culpa que eles não façam o trabalho deles, e depois tentem usurpar o trabalho dos jornalistas para fazer cumprir a lei.

por isso, estou e sempre estarei solidário com qualquer colega que seja sancionado por não colaborar, ou pior, que seja preso por não aceitar depôr em tribunal.

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