de Marta Medeiros
Uma amiga minha, com dois filhos pra criar, me conta que está trocando e-mails com um cineasta charmoso, aquelas coisas que caem do céu de uma hora pra outra. Ela me diz com todas as letras: "estou me sentindo uma adolescente!"
Numa novela, outro dia, o mesmo texto: mulher recém-separada, mais de 50 anos, declarando-se apaixonada feito... feito o quê? Feito uma advogada, feito uma manicure, feito uma professora? Não, feito uma adolescente.
Nem eu escapo. Outro dia, recebi uma cantada de um guapo nada desprezível, e do alto dos meus 43 anos - 16 de casada -, me senti igualmente uma menina. Ora vejam, só por causa de uma cantada inocente que não levou a nada, só por causa da nostalgia que me provocou.~
Qual é? Agimos como se apenas os adolescentes tivessem o direito de vibrar. Como se adrenalina correndo nas veias fosse um direito exclusivo deles. Como se homens e mulheres maduros não pudessem se divertir, não pudessem azarar sem compromisso, não pudessem se presentear com instantes de total curtição. Quem declarou que isso seria um desajuste? Nós mesmos, quem mais.
Entusiasmo não é coisa de adolescente: é coisa de gente grande. Vou além: é coisa de gente velha, inclusive. Coisa de adolescente é depender de ajuda financeira dos pais, passar a madrugada bebendo cerveja em posto de gasolina, andar sempre em turma. E até isto não é propriedade privada deles. Mas entusiasmo, vibração, paixonite? Que insistência burra esta nossa ao afirmar, cada vez que vivemos algo novo e excitante, que estamos em surto de adolescência. Isso sim é falta de maturidade. Os maduros de verdade sabem que estão sujeitos a vibrações em qualquer etapa da vida. Alguém está morto aí? Eu, não.
Sei que é difícil, mas vou tentar nunca mais dizer que um entusiasmo é "coisa de adolescente". É desrespeitoso com eles, que quase sempre amam com mais intensidade do que nós. E desrespeito conosco, porque nós, os que julgam que tudo viram e tudo sabem, ainda iremos nos surpreender muito nesta vida.
É isso aí, como gente grande! :))
Comentários
e, espero ainda me surpreender muito na vida!
...e viver..como gente grande!
:)
beijos
Bjinho
Eita! Eu também não estou morto! E pra dizer a verdade, adolescente não se apaixona, tem aflição... Já fui e bem sei como é!
Beijos querida, continuo comos exames, amanhã tenho mais.
Vamos em frente!
Beijos
Yon
bjs
tbem acho lol :) beijinho
quem disse foi a Martha, mas eu concordo:)))
beijocas
gostei muito dessa, adolescente tem aflição ;)e nós, estamos vivos pois claro!
dá-me notícias dos exames, por favor...
um beijo grande
pois é, pôr na balança segurança e sonho é lixado, não é? por outro lado quem não sonha não vive e quem não erra também não...
mas quando se fala em segurança,se só fala em segurança, fraco consolo não?
beijinhos
E que se aprende a verdade
Quem ama nasce de novo
E vive sem ter idade.
Ao ouvir a voz do povo
É que a verdade acontece
Amor novo é sangue novo
Até na velhice aquece.
É o povo que diz! .....
Nem me atrevo a pisar a relva dos "jardins" dos outros !!! Quanto mais ... "lá" entrar !
Só conheço os meus "jardins", e às vezes, perco-me ...., de tanto labirinto, que percorro.
um beijo, Amiga Cristina.
eu simplificaria mais a coisa...felizes daqueles que têm o engenho para manter a idade da adolescência pelo tempo fora...
beijinhos
e diz bem, como sempre :))
beijocas
podemos pelo menos cheirar as flores??
:)))))))))
beijinhos
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E o teu blog dispensa comentários....Um abraço,Priscila Medina estudante de Sistemas de Informação