Ainda do Expresso:
Jardim é perito em actos patéticos dignos de uma opereta do século XIX. É a sua forma de varrer para debaixo do tapete os problemas que o atormentam. A propósito desta demissão, vale a pena discutir o fundo da questão.
A Madeira é uma das regiões mais dependentes do Estado e Jardim um dos políticos menos liberais do país. Na verdade, ele está muito mais próximo dos cubanos (em empregos gerados pelo sector público, na dependência das famílias em relação à sua vontade) do que os continentais a quem chama ‘cubanos’.
A Madeira é a uma região onde o IVA é cobrado a 15%. Mas, como até agora a Madeira recebia transferências do IVA em função do que era cobrado em todo o país e não na região, Jardim nunca teve qualquer impulso em cobrar impostos, nem qualquer tormento com a fuga ao fisco. O que recebia dependia do que era cobrado no conjunto de Portugal. Com a nova lei, vai passar a depender do IVA cobrado na Madeira.
O Governo do Continente deixou de responsabilizar-se pelas dívidas da Madeira. Isto significa que, se os bancos emprestarem dinheiro à Região, será com juros muito maiores.
Uma vez que o PIB «per capita» da Madeira é 116% da média nacional (o que significa que a Madeira é a segunda região de Portugal mais rica) o Fundo de Coesão passou a transferir menos para a Madeira e irá diminuindo as verbas até ao zero. Como região mais favorecida, no futuro deve ser a Madeira a transferir verbas para as regiões mais pobres.
Ora, ao demitir-se para se recandidatar, Jardim não altera uma vírgula a esta realidade. Apenas protesta e marca politicamente a agenda por, de forma abrupta, ter sido deixado sem os habituais milhões que outros (como Guterres) lhe deram.
Se Jardim estivesse seriamente na política, faria campanha a anunciar medidas duras - por exemplo, a subida de impostos, ou cortes drásticos na despesa. Mas é quase certo que o não fará. Ao contrário, irá insultar, fazer guerrilha política e chantagear quem puder (nomeadamente o líder do PSD que, sendo eleito pelas bases, depende dos votos dos militantes da Madeira).
O que há, pois, de verdadeiramente novo - para lá de toda a palhaçada - é que os madeirenses, pela primeira vez, vão pagar o Governo que escolherem.
A Madeira é uma das regiões mais dependentes do Estado e Jardim um dos políticos menos liberais do país. Na verdade, ele está muito mais próximo dos cubanos (em empregos gerados pelo sector público, na dependência das famílias em relação à sua vontade) do que os continentais a quem chama ‘cubanos’.
A Madeira é a uma região onde o IVA é cobrado a 15%. Mas, como até agora a Madeira recebia transferências do IVA em função do que era cobrado em todo o país e não na região, Jardim nunca teve qualquer impulso em cobrar impostos, nem qualquer tormento com a fuga ao fisco. O que recebia dependia do que era cobrado no conjunto de Portugal. Com a nova lei, vai passar a depender do IVA cobrado na Madeira.
O Governo do Continente deixou de responsabilizar-se pelas dívidas da Madeira. Isto significa que, se os bancos emprestarem dinheiro à Região, será com juros muito maiores.
Uma vez que o PIB «per capita» da Madeira é 116% da média nacional (o que significa que a Madeira é a segunda região de Portugal mais rica) o Fundo de Coesão passou a transferir menos para a Madeira e irá diminuindo as verbas até ao zero. Como região mais favorecida, no futuro deve ser a Madeira a transferir verbas para as regiões mais pobres.
Ora, ao demitir-se para se recandidatar, Jardim não altera uma vírgula a esta realidade. Apenas protesta e marca politicamente a agenda por, de forma abrupta, ter sido deixado sem os habituais milhões que outros (como Guterres) lhe deram.
Se Jardim estivesse seriamente na política, faria campanha a anunciar medidas duras - por exemplo, a subida de impostos, ou cortes drásticos na despesa. Mas é quase certo que o não fará. Ao contrário, irá insultar, fazer guerrilha política e chantagear quem puder (nomeadamente o líder do PSD que, sendo eleito pelas bases, depende dos votos dos militantes da Madeira).
O que há, pois, de verdadeiramente novo - para lá de toda a palhaçada - é que os madeirenses, pela primeira vez, vão pagar o Governo que escolherem.
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E veremos se continuam a achar-lhe a mesma graça......
Comentários
- "Jardim perdeu a esperança em Lisboa e precisa de uma legitimidade esmagadora para uma operação de outro calibre: a de renegociar os termos da autonomia. Não prepara uma manobra táctica, prepara um terramoto."
Vasco Pulido Valente
PÚBLICO, Fevereiro 23, 2007
Desde do "imoral" pedido de demissão por Durão Barroso, que já pouco me espanta, ao nível de legítimas (e legitimadas!) demissões políticas, em Portugal.
Quantos autarcas sofreram boicotes nos Orçamentos para as (suas) autarquias, e em muitos Projectos, pela Administração Central, por não serem da mesma côr partidária, do partido em funções governativas ?
E nem por isso baixaram os braços ...
Agora é com o "Senhor Silva" !!!!
Não sei é se o Jardim gosta mais com areia, ou com vaselina .... mas vai doer a alguém. Vai, vai !!!
O cartoon está hilariante e tem um titulo fantástico:
"O testiculoso rei dos tomates"
Eu não sei se continuarão a achar-lhe a mesma piada, mas o que percebi através das muitas entrevistas feitas aos madeirenses foi a constante convicção que o Adalberto continua a ser o salvador da ilha e reafirmam que não há ninguém que o possa substituir.
Outros sublinham a necessidade em voltar a votar em AJJ porque se outro ocupasse o seu lugar a Madeira ficaria numa 'bandalheira'.
Aguardam-se as cenas dos próximos capitulos...
vi sim..:))
as pessoas vivem numa ilusão sustentada por nós...
há minutos, no eixo do mal, resumiu-se muito bem o que é a Madeira.
o AJJ não criou qualquer riqueza..daí este escandalo. se se fecharem as torneiras, o famoso "investimento" que o senhor fez na Madeira, desaparece imediatamente! voilá!
bj
Gostava de o ver, sem meios, sem suportes de propaganda, para ver se os testículos dele seriam negros!
Com os milhões que tem espoliado a todo o País, basta ter uns tomatinhos de leite, para governar...