A poesia, a poesia está guardada nas palavras. [Manoel de Barros]



Em 24/Jun, RTP
O presidente israelita, Moshé Katsav, 61 anos, suspeito de assediar sexualmente uma funcionária quando era ministro do Turismo (1998-99) e de violar sistematicamente as suas secretárias, só será formalmente acusado depois de ouvido em tribunal.(...)
Segundo a lei constitucional, os tribunais não têm poderes para julgar um presidente em exercício.
Katsav, em resposta a um recurso interposto há meses no Supremo Tribunal de Justiça, usou esse argumento para se recusar a responder, mas comprometeu-se a suspender o exercício das suas funções se o Procurador chegasse à conclusão de que tinha matéria para o acusar.(...)
Será muito embaraçoso para Katsav manter-se no exercício das suas funções se, na audição que vai ter com o Procurador-Geral, os seus advogados não o conseguirem convencer de que não existem provas da culpabilidade do presidente.
As alegadas provas da falta da credibilidade das queixosas parecem ser um argumento inválido, pois a queixa apoia-se já no testemunho de dez mulheres que trabalharam com Moshé Katsav ao longo da sua carreira política, número suficientemente elevado para pôr de lado a ideia de um conluio.


Mas, espantem-se!:
Em 29/06
[Do El Pais e JB online]
O mesmo senhor, presidente israelita Moshé Katzav, apresentou uma carta de renúncia à presidente do Parlamento (Knesset), Dalia Itzik, depois de ter chegado a um acordo com a justiça que lhe permite evitar a prisão, devendo a Procuradoria apresentar uma acta da acusação, revista, no próximo domingo.
Moshé Katzav, evita assim, ser condenado à prisão efectiva(que poderia ir até 16 anos) após um acordo com a justiça anunciado na quinta-feira. Segundo o acordo, reconhece a sua responsabilidade numa longa série de delitos sexuais, em particular assédio e actos indecentes contra duas de suas ex-funcionárias, mas a acusação de violação não foi considerada.
Esses delitos submeterão Katzav apenas a uma pena de prisão com indulto, segundo o acordo que será ratificado por um tribunal.
O assessor jurídico do Estado,Menachem Mazuz, destacou que as acusações a Katsav poderiam ser punidas com uma pena máxima de 10 anos de prisão, mas a Procuradoria Geral recomendou que ele seja condenado apenas à liberdade condicional.
Mazuz, considerou que o acordo é de interesse público:"Este acordo minimiza os danos à instituição da Presidência. Foi importante poupar Israel do espectáculo de ver o Presidente em tribunal"
Do processo consta que uma das mulheres que acusam Katsav, uma jovem identificada como "A', insistiu ontem que foi forçada a manter relações sexuais três ou quatro vezes. O chefe de Estado ameaçou arruinar a sua vida se ela não cedesse.
"A', que tem mantido a sua identidade oculta durante todo o processo legal, disse que Katsav costumava telefonar para a sua casa de manhã e pedir que ela fosse ao trabalho de minissaia e sem roupa íntima. Numa ocasião, o presidente também comentou que sonhava com ela quando fazia sexo com sua mulher, Gila.
A denunciante chamou o político de 'pervertido e um assediador sexual em série' e disse que ele havia 'aterrorizado seu corpo e sua alma'.
- Os criminosos sexuais são autorizados e legitimados a fazer qualquer coisa que quiserem, sem ser castigados pela lei, criticou.

O perdão foi duramente criticado pela imprensa e por associações de defesa dos direitos das mulheres que convocaram para a noite de sábado uma manifestação na Praça Rabin, em Tel Aviv, no sentido de pedir a anulação do acordo negociado entre os advogados de Katsav e a Procuradoria, e exigir o julgamento do presidente por estupro.
"O acordo de Katsav é um insulto às mulheres [eventuais vítimas] e transmite uma falta de fé na polícia e no Ministério Público. É uma mensagem inequívoca para as mulheres que apresentam queixa", disse Talia Livni, presidente da Na'amat, organização que defende e apoia as mulheres.
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Las acusaciones que aseguraban que Katsav se sirvió de su posición al frente del Estado para forzar a mujeres son las más serias jamás presentadas contra un dirigente israelí y pusieron una vez más en entredicho la institución..
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[un sondeo publicado hoy en el Yediot Ahronot, elaborado por el Instituto de Investigaciones Dahaf, muestra que el 69% de los encuestados se opone al acuerdo y el 73% considera que la justicia no ha actuado correctamente]
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Haverá combinação de palavras, por mais grotesca, exacta, ou irónica que seja, que tenha a capacidade de traduzir ainda que minimamente as várias faces do mesmíssimo mundo trash? Duvido.

Comentários

Pêndulo disse…
O que acho mais curioso é a senhora ter continuado a trabalhar para ele.
Li em diagonal e peço perdão.

Violar uma mulher deve ser dificil com os collants que agora usam, uma trabalheira (por acaso tenho este sonho erótico duas vezes por mês) mas violar dez só está ao alcance de, sei lá Bruce Willis?

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