Sr.Ministro!, aos pobres não se dá. Vende-se.



Somos um país pobre.
A maioria da população, nomeadamente a mais idosa, não tem dinheiro para comprar os remédios.
Desperdiçam-se milhares de euros em medicamentos que são deitados no lixo ou passam de prazo e apodrecem em sacos de plástico.
Mas.....ó inclemência! causa uma escandaleira do caraças o ministro ter dito que esses medicamentos podiam ser dados aos pobres. Acho até que os pobres -não tenhamos medo das palavras, porque é isso mesmo que eles são:POBRES-, devem ficar ofendidíssimos se houver algum mecanismo de recolha do que não é usado para lhes evitar mais despesas.
Eu, por acaso, tenho mais pena destes pobres: os de espírito, que os outros não têm tantos pruridos.
Pena, porque um dia podem ver-se na estranha situação de até achar a medida muito oportuna e, nessa altura, vão ter dificuldade em aceitar ajuda. Além de pobres serão com certeza muito infelizes.

Comentários

Este é um assunto muito interessante.
Felizmente tomo pouquíssimos remédios mas calhou-me logo em sorte tomar um dos mais caros que é o Zarator.

Há tempos receitaram-me, já nem sei para quê o Nimesulida que acho que é genérico e vem logo em embalagens de 60 saquetas.
Tomei cinco ou seis, o resto vai pró lixo.

Mas a não ir para o lixo a quem é que eu a podia entregar?
As farmácias não devem estar interessadas.
E é aqui que reside o problema, penso eu.

Num país ainda mais pobre que o nosso, que é a Inglaterra parece-me que os medicamentos são vendidos à dose.
Vejam lá que ideia mais maluca.
Cristina disse…
rosalina

os pobres mais desgraçados são aqueles a quem a palavra causa horror...

um beijo
Cristina disse…
Fado

assim deveria ser.

agora, eu tenho tido doentes exactamente como tu que perguntam se podem deixar para outro que precise. claro que sim, agradeço!
e as pessoas a quem precisar de receitar zarator então, nem se fala! aliás, a grande parte delas, se receitar não o compram, ou se compram tomam 3 vezes por semana em vez de diariamente :(

era muito bom que as farmácias arranjassem maneira de receber estes medicamentos e dar a quem não o puder comprar. mas não, isso estragava o negocio. então, porque não serem recebidos por exemplo pelos bombeiros? ha sempre um gabinete qualquer com enfermagem que poderia dá-los. eles melhor que ninguém conhecem as pessoas que não têm maneira de os comprer: são eles que depois os levam para o hospital por não terem tomado a medicação.
já pensei nisso muitas vezes...

há tanta coisa que se pode fazer caramba! é só pensar nisso e querer.
podes por exemplo dar em instituições de caridade, em centros de dia, eles também conhecem as carências de quem lá vai.


beijos
batuta disse…
Cristina,

O Fado lança aqui uma ideia fabulosa, porque é um ovo de Colombo.
Tu, que gostas de causas, tens meios de levar para a frente um "banco alimentar de medicamentos".
Não tenhas dúvidas de que arranjarias muitos "sponsors" para montar uma estrutura a sério com este fim.
Eu ajudo a arranjá-los. Tu és a pessoa ideal para uma causa destas, se fôr feita a sério.
Não vale a pena fazer nem à portuguesa, nem à pobrezinho.
É preciso muito dinheiro, mas esse dinheiro, para estas causas, é o mais fácil de encontrar.
Garanto-te que esta ideia, se fôr posta em prática como deve ser, vale a pena, para ajudar milhares de pessoas.
Disponibilizo-me para usar o melhor da minha lista de contactos para isso e para ajudar a fazer nascer um projecto destes.
Dou-te todo o meu apoio, concreto!
Assim tenhas tu vontade de o fazer.
Bjos
Cristina disse…
Batuta

não duvides que era um projecto fabuloso!

Um Banco de Solidariedade na Doença:)))caramba...
batuta disse…
Então, porque esperas?
Avança. Para isso tens os apoios que quiseres. Eu ensino-te como se faz:)
Há muito, muito, tempo que não sou confrontado com uma coisa que me apetecesse apoiar tanto.
Avança. Eu ajudo nos primeiros passos, que são os fundamentais. E não te faltará mais quem ajude.
Esta é uma ideia genial que tem todas as pernas para andar.
Temos que ir almoçar para discutir isto!!!

Bjos
Carminda Pinho disse…
Cristina somos um País de "pobres" governantes que empobrecem e humilham cada vez mais os seus concidadãos.
Bjs
Cristina disse…
batuta

temos pois :)

beijos vou dormir. sobre o assunto ;)
Cristina disse…
carminda

pois somos mas é o que temos, ninguém melhor se oferece... mas enquanto não temos um governo mais competente, os concidadãos estão aqui ao lado..:)

beijinhos
Anónimo disse…
e não é contraprocedente dar assim, sem mais nem menos os medicamentos???

( a noticia é a isso que incentiva...)
É obvio que não é dar sem mais nem menos, é entregá-los a quem possa analisar de um modo técnico e distribuir com conhecimentos médicos.

No próximo fim-de-semana realizam-se no Porto corridas de Grande Turismo.
Entre os pilotos está Alessandro Zanardi a quem foram amputadas as duas pernas na sequência de um brutal acidente numa corrida.
Ainda me lembro das imagens.

Quer isto dizer que com vontade, coragem e muito trabalho tudo se consegue.
Estou convosco, na medida do que souber fazer, se avançarem.
Para tudo é preciso um primeiro passo.
batuta disse…
Fado,


Tudo depende da vontade da Cristina.
A sua ideia, se posta em prática, pode aliviar a vida de milhares de pessoas com poucos recursos.
É isso que me entusiasma. Penso, sobretudo, nos reformados das pensões baixíssimas.
Eu, por mim, vou tentar explicar à Cristina que ela tem condições para avançar, desde que queira fundar uma instituição digna desse nome.
Repare, como seria fantástico que ela usasse o seu "tempo virtual" em qualquer coisa tão "realmente" compensadora.
Francis disse…
neste país já tudo serve para dizer mal...trabalhar é que está quieto.
Rosa disse…
De facto, não há maior pobreza que a de espírito!
Beijinho.
Cristina, fiquei sem perceber pela tua resposta se percebeste o meu comentário. :)

Na tua última frase usas o futuro em relação a uma eventual situação na qual os tais pobres, hoje, de espírito, poderiam vir a ser muito infelizes.

O meu serão?!... aconteceu, porque, depois de ler as tuas palavras, e partindo do meu conceito de felicidade, essas pessoas já são infelizes. :)

______________________

E não quero deixar passar sem subscrever a proposta do batuta. De nada vale o meu apoio, uma vez que não tenho posses, nem estou na área da saúde, mas considero a ideia excelente e com pernas para andar.
Anónimo disse…
Ainda hoje estou para saber onde foram parar algumas coisas do Banco Alimentar.
Tenho receio desses "movimentos".
Aplaudo outra ideia que mereça menos dúvidas.
batuta disse…
Normalmente, Caro Repórter, é por esses "receios" que se explica o não-fazer atávico do português, sempre tão fértil em projectos e tão deficitário em realizações.
Quanto às "coisas em falta" do Banco Alimentar, pouco me interessa. Interessa-me muito mais quantos foram beneficiados, e sei que são muitos milhares, TODOS OS DIAS.
Quanto à ideia que está disponível para aplaudir e que lhe suscite menos dúvidas, eu, particularmente, fico entusiasticamente à espera.
sem-se-ver disse…
e eu entusiasticamente deixo aqui todo o meu apoio à dita ideia do batuta, que espero a cristina abrace.

seria ESPANTOSO! e sim, tem pernas para andar!!

contem comigo para o que for necessário.
Cristina disse…
inês

não tem problema nenhum desde que esteja dentro do prazo e seja o mesmo medicamento de que o doente precisa.

bj
Cristina disse…
Fado

exactamente.

só é preciso um mádico se for medicação dada de novo. se for para coninuar e for o mesmo ratamento não é necessário.
Cristina disse…
francis

ora, dizer mal é facil e de graça :)

beijos
Cristina disse…
rosalina

desculpa, de facto não percebi que já os consideravas infelizes....e nisso concordo.

beijinhos
Cristina disse…
sem-se-ver

obrigada. tem sim. com o batuta, quase posso afirmar que seria uma batalha ganha :))

beijinhos
batuta disse…
Querida Cris,

Antes fosse como tu dizes à Sem-Se-Ver. Se eu tivesse toda a chave de todo o problema...

Mas já estou como diz o Fado, é preciso começar. Nada é facil, excepto que tudo é possível.
Até 11 de Julho estou com vida de cão (tribunais e Cª), mas a partir daí estou à tua disposição.
Assim tu tenhas ESSA disposição.

Bjos
Anónimo disse…
Caro batuta
Prefiro não contribuír do que ver a minha contribuição apodrecida num armazém qualquer. E todos perderam.
Mas isso é matéria para ser falada noutro local, antes que a Cristina nos mostre o "cartão amarelo".
Cá fico à espera dessa iniciativa.

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