por enquanto, a abrir, só nas pistas.



O tricampeão de Fórmula 1 Nelson Piquet tem a carteira de motorista suspensa e está proibido de conduzir, uma vez que estourou a pontuação de 20 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) - somou 29 em faltas graves, que vão do excesso de velocidade à pratica de estacionar em locais não permitidos. Piquet começou ontem a frequentar o curso obrigatório de reciclagem, nas instalações do Departamento de Trânsito (Detran) da capital do País. Segundo a assessoria do Detran, o piloto e a mulher(na mesma situação) apresentaram-se espontaneamente para requerer a nova habilitação. Os dois farão oito dias de curso, revendo noções de direcção defensiva, primeiros socorros, relações interpessoais e legislação de trânsito
"Não tem como fugir. Lei é lei. A gente tem que cumprir e é isso aí", disse Viviane Piquet. Nem mais...
.
. A segunda parte do post não tem nada a ver com a primeira, aparentemente.
Mas tem: para quem gosta da modalidade, um bónus em forma de...uma espécie de Resumo Histórico do automobilismo, desporto mais caro, emocionante e perigoso de todos os tempos e por muitos considerado a expressão do desenvolvimento tecnológico do século XX.
. Assim,
1900: no nascer do século XX, acontece a 1º Campeonato Mundial de Automobilismo, uma longa e cansativa corrida entre cidades europeias. A velocidade média era de 20 Kms por hora(!!), com percursos marcados por acidentes e transtornos vários. O automobilismo esteve sempre ligado ao desenvolvimento técnico e industrial e as corridas serviam, e servem, como campo de testes para inovação e uso de novos materiais em veículos de passeio.
Por volta de 1914, às vésperas da 1ª Guerra Mundial, todos os motores dos chamados "carros de Grande Prémio" eram de explosão. Os regulamentos exigiam motores de até quatro litros e meio e peso mínimo total de mil e cem quilos.
No fim da guerra, em 1918, ainda de 2 lugares - a bordo o mecânico e o piloto - os carros já chegam a 144 Km/hora(alucinante...).
Nos anos 20 e 30, a indústria, sobretudo alemã, está a pleno vapor. Os carros de corrida, com motores de 600 cavalos, atingem a incrível velocidade de 300 Km/hora. Mas é a partir de 1945, após a 2ª Guerra Mundial, que surgem novos conceitos e técnicas revolucionárias: o motor passa para a parte de trás do carro e a aerodinâmica tem presença cada vez maior, atingindo o máximo com o carro-asa da Lotus, adoptando uma estrutura mais leve . As corridas de monolugares de fórmulas 1, 2, e 3 passam a dominar o cenário do automobilismo.
Em 1950, com a criação do Campeonato Mundial de Pilotos, a primeira prova realizada no Autódromo de Silverstone, Inglaterra, foi vencida pelo italiano Giuseppe Farina pilotando um Alfa Romeo. Começam a surgir os grandes astros das pistas. O primeiro deles, jamais igualado, foi o argentino Juan Manuel Fangio, falecido em 1994, que rrebatou o título em 1951, 54, 55, 56 e 57, torna-se o primeiro penta-campeão mundial.
A tecnologia cada vez mais sofisticada das corridas de fórmula, sobretudo a Fórmula 1, passa a exigir pilotos altamente especializados e precisos. Além de grande preparação física, é necessário ter profundos conhecimentos técnicos. Os anos 60 marcam o início da revolução tecnológica da Fórmula 1, com os grandes avanços idealizados por um engenheiro inglês de inesgotável imaginação, Colin Chapman. Da nova suspensão independente do chassi monobloco com motor integrado, o Lotus de Chapman era inovação pura e tecnologia de ponta para a época. A receita de sucesso da Lotus completa-se com um piloto inigualável, Jim Clark, considerado por muitos até melhor que Juan Manuel Fangio.
Os anos 70 correm na esteira de grande parte da evolução trilhada na década anterior e mais uma vez, o avanço tecnológico ficou por conta de Colin Chapman, com o seu Lotus 72 reunindo todas as qualidades desenvolvidas nos anos 60. Em 1978, Chapman revoluciona novamente com o carro-asa, optimizando a aderência. Em função da velocidade que aumentava a cada temporada, a tecnologia fica um pouco de lado, e ganha importância o movimento encabeçado por Jackie Stewart a favor da segurança dos carros, dos pilotos e da infra-estrutura dos circuitos. Nesta década, que consagrou Jackie Stewart, surgem outros dois extraordinários pilotos e profissionais: Niki Lauda e Emerson Fittipaldi.
Emerson Fittipaldi, considerado por muitos um piloto completo, foi o primeiro brasileiro a conseguir um contrato para a Fórmula 1 na Europa. Em 1972, com apenas 25 anos de idade, sagra-se campeão mundial. Repete o feito em 1974, conquistando o bicampeonato. Em 1976, troca a condição de favorito das marcas europeias para correr pela equipe brasileira Copersucar durante cinco anos mas, sem conquistar nenhum campeonato, abandona a Fórmula 1.
Os anos 80 marcam a consagração dos motores turbinados lançados pela Renault no final da década anterior. Os motores turbinados duraram até o final dos anos 80, sendo descontinuados principalmente pelos altos custos que acarretavam. A tecnologia de ponta na construção dos carros é aprimorada pelo surgimento do chassi feito em fibra de carbono, facto que colocou a Inglaterra como centro da indústria do automobilismo de competição. Esta década marca também o surgimento de grande pilotos como Alain Prost, Nelson Piquet**, Nigel Mansell e a figura extraordinária de Ayrton Senna***, piloto que o próprio pentacampeão Fangio considerava como o único capaz de superar os seus records dos anos 50. Paralelamente, esta década caracterizou-se por grandes "guerras", como o duelo de Senna com Alain Prost, que chegaria ao tetracampeonato nos anos 90.
.
[**Depois de um começo difícil no Brasil, sem patrocinadores, Nélson Piquet consegue impor o talento na Europa. Em 1978, ganha o Campeonato Europeu de Fórmula 3 e, logo a seguir, assina seu primeiro contrato na Fórmula 1. Corre nove temporadas consecutivas, chegando a tricampeão mundial com os títulos de 1981, 83 e 87. Anuncia sua saída da Fórmula 1 em janeiro de 1992. No mesmo ano, num treino para as quinhentas milhas de Indianápolis, sofre um terrível acidente.
***Senna-A paixão pela velocidade domina a vida de Ayrton desde a infância. Ainda adolescente, chega a campeão brasileiro de kart. Desembarca na Europa com apenas 21 anos de idade e, depois de uma carreira fulminante nas fórmulas intermediárias, passa para a Fórmula 1 . Cria o mito de ser o piloto que não teme a chuva, larga sempre na frente e electriza o público com grandes duelos nas pistas. Conquistou os títulos de 1988, 90 e 91, sagrando-se tricampeão mundial. A 1º de maio de 1994, no Grande Prêmio de Ímola, Itália, bate no muro da curva do Tamburello e perde a vida aos 34 anos de idade. O seu sonho era chegar a pentacampeão. Ídolo brasileiro e mundial, a sua morte abalou as estruturas do automobilismo. ]
.
Os anos 90 foram marcados pelo incremento de uma revolução tecnológica que levou ao extremo a segurança dos carros, e embarcou definitivamente a informática na Fórmula 1. Os trabalhos realizados pelo Departamento Técnico da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) têm resultado em padrões construtivos que são modelos para o automobilismo de competição. A Inglaterra manteve-se líder mundial da indústria do automobilismo, mas a Itália, que sempre foi forte concorrente, tem na Ferrari uma competidora à altura dos ingleses. Como sempre, os pilotos continuariam peças-chave nesta indústria da velocidade. Michael Schumacher e Mika Hakkinen são expressões da geração de talentos desta época, reafirmando a superação do homem no domínio da máquina.
Em 2005, a categoria consagrou o seu campeão mais jovem: Fernando Alonso conquistou o título aos 24 anos de idade, superando o recorde anterior que pertencia ao brasileiro Emerson Fittipaldi. No ano seguinte, o piloto repetiu o feito, tornando-se o mais jovem bicampeão da Fórmula 1.
2006 também marcou o fim da "era Schumacher", com o afastamento do maior recordista da categoria: Michael Schumacher. O heptacampeão deixou as pistas e abriu passagem para jovens talentos que prometem fazer dos próximos anos os melhores dos últimos tempos.

.
Fontes:SuperLicença e TVCultura
Nota: Se para além de apreciadores tiverem sentido de humor, a verdadeira história está AQUI

Comentários

Eric Blair disse…
ai ai, esses gajos candom praí abrir...
Cristina disse…
olé! a abrir parece-me bem! vou substituir no titaalu, ifiudontemáinde..
immortal disse…
o que eu gostava da formula1 quando era teenager!!
o tempo corre como o piquet!!ó céus!!
Zb disse…
eu cresci amante da formula 1 e o meu único piloto favorito foi o Piquet, quando ele deixou as corridas eu deixei de acompanhar as transmissões de F1 na TV, coisas de miúdos...

beijinhos
MC disse…
Estou abismado.
Fantastico!
Cristina disse…
immortal

eu também gostava, nos tempos dos duelos Alain Prost, Ayrton Senna.:)

bjinho
Cristina disse…
zb

de miudos e de graúdos..mas acho que todos os adeptos têm um ídolo que condicionam o gosto :)

bjinho
Cristina disse…
miguel

abismado com..?

;)
Sou um grande fan das corridas de carros.
Chegava a levantar-me ás cinco da manhã para ver as classificações e corridas na Austrália, Japão e essa treta do lado de lá do mundo.
Tenho aqui a Turbo encadernada nos anos de 81 a 84.
Farto-me de comprar revistas sobre automóveis.
Agora aqui no PC ando no Toca Race Driver 3 e estou bem classificado a disputar a Série V8 Super Cars Austrália Champ onde entre outras pistas tenho que me defrontar com Bathurst.
Podes imaginar quanto gostei de ler este post vrrrrrrrrrrruuuuuuuuuuummmmmmmmmm.
Cristina disse…
Fado

xiii, aficionadão mesmo!
eu também gostava, nos anos do Prost/Senna.
O Schumacher fez-me deixar de gostar: maior cara de pau...

Mensagens populares