eu cá, com 5000 preferia oferecer um jantar inteiro ao Totti.


Uma garrafa de Porto Vintage de 1924 pode ultrapassar 5 mil euros em leilão, garantiu Charles Symington, enólogo da Symington Family Estates, que reuniu as melhores colheitas dos últimos 100 anos numa prova de vinhos.
No negócio do vinho do Porto há várias gerações, a família Symington gosta de promover provas de vinhos para divulgar a sua história, contudo esta foi a primeira vez que disponibilizou a degustação de catorze das melhores colheitas dos últimos cem anos em Portugal.
«São vinhos muito diferentes. O de 2005 é muito jovem, com muita fruta, muita garra e muita capacidade para envelhecimento, enquanto o de 1924 é muito delicado, parece quase um conhaque na garrafa, perdeu muita cor, mas ganhou uma elegância ímpar e é quase uma coisa impossível de provar», explicou Paul Symington.
.
Vocês notariam a diferença? ou melhor, sem saber o ano da colheita, ou a disponibilidade (uma das coisas que faz aumentar o preço), será que alguém diria à partida este é vinho para 5000 euros e este para 50?

Comentários

Anónimo disse…
Para isso é preciso ter nariz especializado,e tal como outra profissão qualquer, há quem nasça dotado,e quem não nasça, contudo, uns e outros têm que aprender o ofício.
No fim de semana passado no Convento do Beato(Lisboa) houve uma prova de vinhos do Porto, onde estiveram representadas as melhores marcas e os melhores vinhos, com um grupo de música Jazz a abrilhantar o ambiente.
Que melhor forma de passar um entardecer, do que a degustar um bom vinho do Porto, acompanhado de um queijinho, embalado por um som de Jazz!?

Bom dia

Fernando
immortal disse…
tomara muito lavrador vender a colheita ou parte dela por esse preço....como não tenho olfacto ou paladar apurado para isso, para mim é tudo igual :)
Francis disse…
pá pois eu fui obrigado a vir práqui, não me deixaram falar do noddy ou do totti ou sei lá o quê, e estou chateado, não gosto de vinho do porto...ora bolas pá...
Anónimo disse…
Bebi sem querer o melhor vinho da minha vida, o Romanée-Conti Monopole de 1996. Inadvertidamente e em plena inconsciência bebi um vinho que, pela ordem natural das coisas, não seria provável beber sem ser convidado por algum amigo muito rico.
Tinha provado recentemente o Montrachet Romanée-Conti. Um conjunto de circunstâncias especiais fez com que me decidisse a mandar abrir uma garrafa desse vinho no restaurante Eleven, uma garrafa de 1990, o preço do vinho na lista era 750 euros, preço exorbitante mas que não me arrependi de pagar, seria uma vez na vida. O vinho foi o melhor vinho branco que alguma vez me passou pela boca, a um dos meus convidados vieram-lhe as lágrimas aos olhos. No nariz dava vontade de o ficar a cheirar para sempre, e o cheiro ia mudando com os minutos, e não mudava para melhor, mudava para diferente e igualmente bom. Na boca era a mesma coisa, justificava dizer-se que o vinho é o néctar dos deuses, era um néctar dos deuses, e como no nariz ia mudando sempre, sempre para diferente, como se estivesse a beber vários vinhos excepcionais saídos da mesma garrafa. Enfim, uma experiência que nunca vamos esquecer.
Em Fevereiro regressei ao tal restaurante Eleven, dizem que tem uma estrela do guia Michelin e tudo. O motivo era uma comemoração especial, a concretização de um projecto profissional. Convidei para jantar dois dos meus amigos mais intímos, também ligados ao tal projecto profissional, os dois grandes apreciadores de bom vinho. E a ideia era oferecer-lhes a experiência excepcional de provarem o Montrachet Romanée-Conti.
Fomos atendidos por um jovem aprendiz de escanção, um jovem leviano, que não devia ser deixado à solta num restaurante que ambiciona manter a tal estrelinha do Michelin. O jovem leviano informou que o vinho tinha acabado, não havia mais, nem para amostra, nem nada que se lhe comparasse. Desilusão profunda, o projecto de excursão só tinha o fim de beber o Montrachet. Com a tristeza na alma comecei a folhear a lista dos vinhos e, de repente, na secção dos tinto franceses, salta-me aos olhos o Romanée-Conti. Preço : 760 euros, uma exorbitância, mas eu ia preparado para pagar 750 euros pelo Montrachet, não era uma diferença tão pequena que me faria mudar de ideias. Na lista constavam os anos de 90 e 91. Optei pelo de 90, eco do Montrachet.
O jovem leviano, que depois se revelou incompetente e irresponsável, trouxe uma garrafa de 1996 e balbuciou algumas precisões ininteligíveis num francês incompreensível, e eu, a olhar para a garrafinha com uma expressão bovina, acenei três vezes a cabeça para cima e para baixo como o Hamlet. Veio o chefe do leviano e levianamente ajudou o leviano a abrir a garrafa. Abriram-na pelo método de cortar o gargalo a quente, e eu aí devia ter desconfiado de qualquer coisinha.
Garrafa aberta, vinho nos copos e expressões como «é a primeira vez que estou a beber vinho na vida !». A descrição que posso fazer da coisa é que foi beber aos golinhos pequeninos para ver se nunca mais acabava. O retrato é igual ao que já fiz do Montrachet, mas em muito melhor. Uma delícia, um prazer sem igual.
Tudo a correr pelo melhor, no melhor dos mundos. Mesmo se a certa altura tive de ser eu próprio a servir mais vinho aos meus convidados, porque o jovem leviano andava distraído sabe-se lá com o quê.
E no fim veio a conta. E o vinho custava 2.800 euros e o jovem leviano não me avisou da ligeira diferença de preço, e levianamente o chefe do leviano também não referiu o pequeno detalhe, e o chefe de mesa do tal restaurante Eleven que tem uma estrela do Michelin e tudo, com alguma candura na voz, explicou-me que tinha perguntado ao jovem leviano se eu tinha consciência do preço da garrafinha, e o jovem leviano a responder levianamente que sim, e eu branco como a cal da parede e a abrir e a fechar a boca como um peixe. E os meus convidados a perguntarem se eu me estava a sentir bem, com medo que me desse alguma coisinha má.
Dias mais tarde o meu amigo João Paulo Martins explicou-me que o Romanée-Conti tem subtilezas de terroir, traduzidas no tal balbuciar de algumas precisões ininteligíveis num francês incompreensível, que eu ignorava e que justificam diferenças notáveis de preço.
Conclusão : um bom exemplo da irresponsabilidade e incompetência portuguesas. Porque é indesculpável, para não dizer pior, porque continuo a querer acreditar que se tratou de pura incompetência, deixar a cargo de um jovem leviano o serviço de vinhos de um restaurante que se pretende de alto nível.
Segunda conclusão : um dos meus amigos avisou que ia tentar não urinar pelo menos durante três dias

João Canijo


Não era Porto, mas este notou a diferença!
Pêndulo disse…
2800 !!!!! Eu dava era um nó na...
Anónimo disse…
Se começar a falar de vinho e todas as suas subtilezas e coisas que tais não saio daqui... mas hoje como estou numa de Rachael Yamagata lembrei-me que ela tem uma música chamada 1963 (eis uma boa colheita e não me refiro a vinhos :)

http://www.youtube.com/watch?v=txRxIIGbsg
Anónimo disse…
Assim sim:

http://www.youtube.com/watch?v=tx-RxIIGbsg

tenho eu a certeza que com os 5000 não ofereceria um jantar ao Totti...~mas isto sou eu que não bato bem da mona :)
Cristina disse…
Fernando

mas eu não estou a falar de profissionais....

tu, destinguirias estas diferenças de preço pelo sabor?
Cristina disse…
immortal

bom, tudo igual tudo igual...não será bem.

mas a partir de determinado grau de qualidade, para mim é tudo bom..
Cristina disse…
francis

ohhh, tadinho, tão diz lá que bebida queres que eu vou buscar..:))
Cristina disse…
P

loooooooooooooool, tu tinhas mas era um enfarte logo ali, não saías de lá vivo pra contar a história de certeza! :DD
Cristina disse…
dalloway

eu quanto a vinhos, juro que não me vêem as lagrimas aos olhos, nem na fase sentimental da beberagem...embora, sim haja um ou dois que me delicio a beber, mas não são seguramente "o melhor dos mundos" da maioria dos apreciadore.
Anónimo disse…
Ó artista, mas eu nem gosto de vinho do Porto, não mesmo!
Gosto de vinho e mesmo assim o meu conhecimento não é suficiente que me permita distinguir quando vale uma exorbitância ou uns meros euros.
Gosto de vinho + comida + boa companhia. A subtileza está aí....e o Totti não se enquadra neste degustar de sensações!
Anónimo disse…
O vinho é o reduto onde os Deuses se refugiam. Alguns menores, outros perversos e torpes, outros ainda apenas insignificantes e de eternidades meramente mortais.
Quem, como o comentador que - certamente por discrição - se ressalvou na etiqueta patine do anonimato e fez de si e do seu corpo o Olimpo da elite que os Deuses esperavam pacientemente como Moisés da Terra Prometida, saberá, mesmo que nada entenda de vinhos, o que significa essa experiência absolutamente transcendente.
Diria, quase parafraseando os inflamados pregadores das inúmeras variantes religiosas, que antes de lhe ter sido concedido o privilégio da comunhão, eram cegos, mas eis que por milagre os Deuses ao fazer de si a sua morada, lhe fizeram ver a Luz...

(pronto, tá bem....os lagartos ao verem a catedral do glorioso, tameim viram a Luz...)
Podem rir um poucachinho, era para ter piada. :(/
Anónimo disse…
Cristina

Evidentemente que não distinguiria como um profissional, mas, seguramente que notava a(as)diferença(s).

PS:Comentarista que assina como João Canijo
Não me queres para teu amigo:)

Fernando
Cristina disse…
Fernando

há??? num entendi o PS...?
Anónimo disse…
Cristina

PS: O João Canijo disse que prendou os amigos com um vinho precioso, ao preço de 750,00€ a garrafa, daí o meu pedido:)

Fernando
Anónimo disse…
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse…
Cristina

PS: O João Canijo disse que prendou os amigos com um vinho precioso, ao preço de 750,00€ a garrafa, daí o meu pedido:)

Fernando
Anónimo disse…
Cristina

PS: O João Canijo disse que prendou os amigos com um vinho precioso, ao preço de 750,00€ a garrafa, daí o meu pedido:)

Fernando
Cristina disse…
pedido reforçado 4 vezes :))))

pensas que eu sou cirurgiã plástica??
Anónimo disse…
Cristina

Não faz parte das minhas cogitações recorrer à cirurgia plástica ou ter a minha amiga como cirurgiã plástica, mas já quanto ao blog da minha amiga, parece que o mesmo necessita de uma ligeira cirurgia plástica, designadamente um botox, pois gravou-me a quadruplicar o comentário e não me deixou apagar o excesso.

Boa noite Cristina

Fernando

Mensagens populares