Já disse como gosto de
ler o Tomás Vasques? Não? Pois adoro ler o Tomás Vasques por causa destas cenas que ele escreve, como esta:
Numa destas madrugadas, choveu desalmadamente. Dizem que numa hora a precipitação foi superior à do mês de Fevereiro em Paris. As chuvas provocaram algumas inundações e, infelizmente, 3 pessoas perderam a vida, para além de dezenas de desalojados. Sabem de quem é a culpa? Do engenheiro Sócrates! A CIA, há 5 ou 6 anos, transportou prisioneiros para a base cubana de Guantánamo. Dizem que alguns voos fizeram escala em Portugal. Sabem de quem é a culpa? Do engenheiro Sócrates! Portugal é um dos oito países europeus com maior nível de pobreza infantil. Sabem de quem é a culpa? Do engenheiro Sócrates! Há em Portugal «um mal estar difuso», dizem alguns. Sabem de quem é a culpa? Do engenheiro Sócrates! Esta «lucidez» na observação da realidade - que, pela irracionalidade, só beneficia o engenheiro Sócrates - faz lembrar aqueles tempos dos processos de Moscovo: todos os fuzilados eram «agentes dos imperialismo». Ou, hoje, todos os males do povo cubanos são devidos ao «embargo».
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E desconfio, ó Tomás, que se houver um tremor de terra, atendendo aos mais recentes conhecimentos científicos se vão matar dois coelhos de uma cajadada só....
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