recolhei-vos no interior de vossa alma; fechai todas as portas e, no santo silêncio, orai.

Pior, a nossa vida é hoje agredida da forma mais violenta e boçal por aquilo que pretende divertir-nos. Não passaria pela cabeça de ninguém meter em casa os desconhecidos que encontra na rua. Mas à noite, na televisão, tudo o que vier é aceite obedientemente. Uma família pacata, num serão habitual, assiste a mais violência, crime, engano e miséria que uma aldeia medieval num ano de invasões bárbaras.Como viver numa sociedade assim? A única forma é enfrentá-la, como a um furacão: bem escorados nos valores e critérios básicos, escolhendo com cuidado as referências que nos guiam. Existe ainda um elemento importante, que uma das referências mais decisivas da actualidade acaba de formular.O Papa pediu há dias, no encontro quaresmal com o clero de Roma a 7 de Fevereiro, um "jejum de imagens e palavras". A sociedade mediática criou uma embriaguez de estímulos que embrulha e asfixia, manipula e embrutece. É preciso lidar com ela como com a poluição. [das Neves]

Ide à igreja irmãos....não sejais idolentes, que não foi para isto que vos tornastes discípulos de Cristo, se é que o ouvistes e dele aprendestes....Entregai-vos à renuncia apaixonada de toda a espécie de impureza trazida por essas caixas do demónio que, astuto, se encarregou de semear as suas sementes de destruição das almas . Renunciai aos gostos e prazeres mundanos, para que assim verdadeiramente livres, possais ser como a argila maleável e dócil que se deixa modelar pela santa igreja, se não quereis ser repelidos e rejeitados pelo Pai eterno. Não coloqueis resistência à sua acção purificadora...Dessa forma, meus filhos, sereis os verdadeiros discípulos e seguidores de Deus e talvez possais, ainda, evitar o castigo.

Amem.