autoimolar-se para fugir à opressão: as filhas do silêncio
"Uma noite, o meu vai voltou bêbado e disse-me que me tinha perdido num jogo de cartas, pelo que me ia casar com um homem mais velho. Eu tinha 9 anos." - explica Shahnaz, que levanta timidamente as calças mostrando as cicatrizes. Tal como tantas outras meninas, não suportou o destino brutal pegou fogo a si própria. Meninas que são vendidas pelos pais a homens que nem conhecem, que vivem como escravas fechadas nas cozinhas, debaixo da burka, agredidas, mal tratadas.
"Não tinha vida, cuidava dos meus irmãos, limpava a casa, cozinhava. O meu pai arreliava-se quanto eu acendia a televisão", diz uma outra menina, Razie, enquanto mostra as cicatrizes que lhe cobrem o peito e a cara.
"Estavam tão desesperadas que não calcularam as consequências do que iam fazer, da loucura que iam a cometer". Mãe de três filhos, esta catalã, enfermeira de formação mas com várias vocações, iniciou desde 2002 uma luta dura pelos direitos da mulher afegã.
"Não têm edifícios altos de onde saltar, nem barbitúricos, não sabem onde arranjar uma arma, além de que estão sempre acompanhadas. A gasolina que usam para cozinhar é o que têm mais à mão para se suicidar, diz Gloria.
Hoje é sexta feira, o dia é longo, a tarde é de calor e a noite avizinha-se agradável. Um excelente momento para ver com calma estes 3 vídeos. E envergonhar-se de a comunidade internacional deixar esta realidade impune, uma das mais violentas a par da mutilação genital feminina
Comentários
Problema grande este, e para o qual não se avista solução fácil.
Bom fim de semana******
bom fds!