"Quero alguém capaz de desafiar as minhas ideias e não simplesmente alguém que diga sim a tudo."
""Quero alguém independente, alguém que me ajude a ver para além das minhas noções pré-concebidas e me desafie para que tenhamos debates robustos na Casa Branca."
Foi à meia noite, que Obama fez o anúncio da sua escolha para vice-presidente: Joe Biden
O primeiro comício conjunto será em Springfield, Illinois, terra adoptiva do 16º presidente dos EUA, Abraham Lincoln, o homem que aboliu a escravidão no país e onde Obama lançou a sua candidatura à Presidência, em Fevereiro de 2007.
""Quero alguém independente, alguém que me ajude a ver para além das minhas noções pré-concebidas e me desafie para que tenhamos debates robustos na Casa Branca."
Foi à meia noite, que Obama fez o anúncio da sua escolha para vice-presidente: Joe Biden
O primeiro comício conjunto será em Springfield, Illinois, terra adoptiva do 16º presidente dos EUA, Abraham Lincoln, o homem que aboliu a escravidão no país e onde Obama lançou a sua candidatura à Presidência, em Fevereiro de 2007.
O que representa este homem, segundo os meus comentadores preferidos em português...
65 anos de idade, eleito para o Senado como um dos seus membros mais jovens em 1972, Biden é uma autoridade em política externa, o que certamente pesou na escolha. O senador de Delaware também é conhecido pelas iniciatiavas em política econômica – Biden vem de origem trabalhadora, ainda mantém seu cargo de professor e é, entre os 100 senadores, o de menor patrimônio. Entre uma escolha que seria conservadora (Evan Bayh) e outra que teria sido revolucionária (Kathleen Sebelius), Obama optou por um meio-termo.
O histórico de votação de Biden no Senado é bem razoável. A HRC (Human Rights Campaign) lhe dá uma nota de 78%, o que indica, segundo eles, apoio sólido aos direitos de gays e lésbicas. A NEA (National Education Association) lhe dá uma nota de 91%, o que indica apoio mais que sólido aos princípios da educação pública e laica. Por outro lado, ele terá que explicar a discrepância entre suas posições e as de Obama na época do início da Guerra do Iraque, assim como declarações suas, feitas durante as primárias, de que Obama não estava pronto para liderar.
Parece-me que o critério definitivo para a escolha de Biden foi, no entanto, a percepção de que a campanha precisava de um pitbull. Obama é um grande orador, mas é péssimo para responder ataques à queima-roupa. Biden tem um estilo demolidor de debater, e eu sinceramente não gostaria de estar na pele do candidato a vice-presidente na chapa republicana, que terá que encará-lo nos debates.
Biden também tem certa tendência a dar declarações polêmicas. Tediosa, com certeza, a coisa não vai ser.
Idelber Avelar
Obama precisa de gente experiente. Biden é senador desde 1973. Precisa de gente com experiência em política externa. É a especialidade de Biden. Obama sai desajeitado quando bate em McCain. McCain bate com um sorriso. McCain é que está certo: política não é uma arte para os frágeis. Ao não responder os ataques que lhe dirigem, Obama parece fraco. Biden bate bem – e com um sorriso. Obama mantém a imagem de bom moço e resolve o problema sem parecer fraco. Biden foi a favor da guerra, também. Mas, como McCain, é um poço de idéias de como resolver o imbróglio. Biden tem cabelos brancos.
Governadores não trazem a experiência nacional e internacional. Jovens reforçam a imagem de inexperiência. Biden complementa Obama em seus pontos fracos.
Pedro Dória
65 anos de idade, eleito para o Senado como um dos seus membros mais jovens em 1972, Biden é uma autoridade em política externa, o que certamente pesou na escolha. O senador de Delaware também é conhecido pelas iniciatiavas em política econômica – Biden vem de origem trabalhadora, ainda mantém seu cargo de professor e é, entre os 100 senadores, o de menor patrimônio. Entre uma escolha que seria conservadora (Evan Bayh) e outra que teria sido revolucionária (Kathleen Sebelius), Obama optou por um meio-termo.
O histórico de votação de Biden no Senado é bem razoável. A HRC (Human Rights Campaign) lhe dá uma nota de 78%, o que indica, segundo eles, apoio sólido aos direitos de gays e lésbicas. A NEA (National Education Association) lhe dá uma nota de 91%, o que indica apoio mais que sólido aos princípios da educação pública e laica. Por outro lado, ele terá que explicar a discrepância entre suas posições e as de Obama na época do início da Guerra do Iraque, assim como declarações suas, feitas durante as primárias, de que Obama não estava pronto para liderar.
Parece-me que o critério definitivo para a escolha de Biden foi, no entanto, a percepção de que a campanha precisava de um pitbull. Obama é um grande orador, mas é péssimo para responder ataques à queima-roupa. Biden tem um estilo demolidor de debater, e eu sinceramente não gostaria de estar na pele do candidato a vice-presidente na chapa republicana, que terá que encará-lo nos debates.
Biden também tem certa tendência a dar declarações polêmicas. Tediosa, com certeza, a coisa não vai ser.
Idelber Avelar
Obama precisa de gente experiente. Biden é senador desde 1973. Precisa de gente com experiência em política externa. É a especialidade de Biden. Obama sai desajeitado quando bate em McCain. McCain bate com um sorriso. McCain é que está certo: política não é uma arte para os frágeis. Ao não responder os ataques que lhe dirigem, Obama parece fraco. Biden bate bem – e com um sorriso. Obama mantém a imagem de bom moço e resolve o problema sem parecer fraco. Biden foi a favor da guerra, também. Mas, como McCain, é um poço de idéias de como resolver o imbróglio. Biden tem cabelos brancos.
Governadores não trazem a experiência nacional e internacional. Jovens reforçam a imagem de inexperiência. Biden complementa Obama em seus pontos fracos.
Pedro Dória
Comentários
;-)
intruso
/Lp