Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.
Sentir tudo de todas as maneiras.
Sentir tudo excessivamente,
Porque todas as coisas são, em verdade, excessivas
E toda a realidade é um excesso, uma violência,
Uma alucinação extraordinariamente nítida
Que vivemos todos em comum com a fúria das almas,
O centro para onde tendem as estranhas forças centrífugas
Que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.

Álvaro de Campos.

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hoje, deu-me para andar por aqui

Comentários

Anónimo disse…
E andou muito bem. O nosso poeta, sempre magnífico, com a ilustração a lembrar Chagall, mas de traço mais depurado. Tudo joia, portanto.
Anónimo disse…
Ainda a tempo para dizer que tenho frequentado esse blog brasileiro, de um país de grandes poetas e onde Pessoa é idolatrado.
Manel disse…
E fazes tu muito bem!
Lês e dás a ler, que é o que conta.
Bj
manel
Anónimo disse…
ARRE, que tanto é muito pouco!
Arre, que tanta besta é muito pouca gente!
Arre, que o Portugal que se vê é só isto!
Deixem ver o Portugal que não deixam ver!
Deixem que se veja, que esse é que é Portugal!
Ponto.

Agora começa o Manifesto:
Arre!
Arre!
Oiçam bem:
ARRRRRE!



Álvaro de Campos

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