e a pergunta é: onde é que nós estavamos enquanto tudo isto acontecia?
João Miguel Tavares no DN [Jornalista - jmtavares@dn.pt]
Numa breve troca de mails, Baptista-Bastos negou-me ter tido qualquer comportamento "reprovável" e eu não tenho qualquer razão para pôr em causa a sua verticalidade. Mas também não tenho dúvidas de que ele jamais deveria ter recorrido à câmara para conseguir uma casa. O escritor Baptista-Bastos, que já tanto deu a Lisboa, podia ter direito a ser ajudado numa altura de dificuldade, como parece ter sido o caso. O jornalista Baptista-Bastos, não. Porque pediu um favor ao poder autárquico. Porque auferiu de um privilégio vedado ao cidadão comum. Que alguém que sempre foi tão moralmente exigente nos seus artigos de imprensa não perceba isto faz-me confusão. Quem, como ele, acredita na nobreza do jornalismo, tem de reconhecer uma cunha quando a vê. E, sobretudo, deve reconhecê-la quando a mete.
Comentários
E como é que um gajo dá pela diferença ? Tira os óculos ? Tira o laço ?
Só por curiosidade.
Com aquele ar de monárquico porque é que não aceita o conselho do Rei espanhol?