O défice democrático
A Inspecção-geral de Finanças (IGF) analisou milhares de mensagens de e-mail de centenas de funcionários dos impostos e leu o conteúdo de muitas dessas mensagens, designadamente as enviadas para órgãos de comunicação social com o objectivo de identificar fugas de informação. A consulta, feita sem conhecimento dos autores, foi realizada no âmbito de uma auditoria da IGF prevista no seu plano de actividades para 2006, que mereceu a concordância do ministro das Finanças, Fernando Teixeira dos Santos, em Novembro de 2005.
(...)
O DIAP tentou ainda saber quem é o autor, ou os autores, do Jumento, um blogue que se dedica, essencialmente, a escrever sobre situações passadas na DGCI.
Aquele senhor com a bandeira de Portugal atrás é o ministro que autorizou isto.
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O DIAP tentou ainda saber quem é o autor, ou os autores, do Jumento, um blogue que se dedica, essencialmente, a escrever sobre situações passadas na DGCI.
Aquele senhor com a bandeira de Portugal atrás é o ministro que autorizou isto.
Comentários
Um dia, distraída, uma colega teve que aceder ao mesmo e por azar clicou na pasta errada donde saltou um magnifico “fellatio”.
Aberto o respectivo procedimento o fulano foi para a rua tendo perdido todos os recursos.
Isto devia ensinar as pessoas que os instrumentos de trabalho no local do mesmo são públicos.
Privado é o nosso PC em casa.
É dai que devem ser enviados os mails para as redacções dos jornais.
e o que se chama a um mail enviado do local de trabalho para fora da repartição, sem autorização e com informação supostamente confidencial? há algum nome para isso, deve haver alguma atitude sancionatória, ou não?
intruso
Mais ainda, e sem querer adiantar muito: houve um período de tempo em que funcionários, conheço um muito bem, que notou que os mails enviados de e para o sindicato das finanças demoravam imenso a chegar. Mails posteriores, para outros destinos, chegavam antes.
Isto configura violação de correspondência e é grave. Repara também que começou por se ter sabido que o Director Geral dos Impostos tinha uma dívida às Finanças.
nõa sei se isso é permitido. não sei se a correspondencia destro de uma empresa é considerada "pessoal" ou se pode não ser. essa é a minha duvida. se informações sairem de um mail meu referentes ao hospital, para fora do mesmo, não tenho duvidas de que se souber vou ter problemas legais. é informação DO hospital. agora, não sei se podem ir à procura dessa correspondencia, se podem revistar toda a informação que circula por mail.
(claro que quando queremos que alguma coisa seja confidencial a enviamos de casa....)
não sei mesmo.
A informação passada por mail pode facilmente trazer-se para casa e ser enviada daí. A perseguição ao Jumento mostra bem a intenção disto. O facto dos mails sindicais terem andado atrasados também é significativa.
Nada tenho contra a penalização de quem passa dados confidenciais mas esses podem passá-los na mesma.
Este comportamento foi pidesco porque abrangeu gente que apenas era suspeita por trabalhar nas Finanças. Não se procurou ler quem era suspeito, leram-se de todos.
É inaceitável. É como abrirem todas as cartas de todos os moradores da tua rua, inclusivamente as tuas, porque se desconfia que há aí um traficante de droga. Não pode ser.
Antes de se chegar sequer a discutir se é legal dar uso privado a equipamento destinado a trabalhar; há que ter claro que o direito à vida privada é algo intrínseco em toda e qualquer situação.
E a violação desse direito é punível por lei, basta ler o código penal, e muito provavelmente no código do trabalho estará também explícito algo.
Portanto, eu se fosse aos funcionários da DGCI não hesitava em apresentar uma queixa conjunta contra o Ministro das Finanças. E têm tudo para ganhar!
é...... uma curiosa coincidência......
Boa semana.
JMC
Tem toda a razão, mas a linha entre local de trabalho e casa de família é mais grossa.