giro, giro

nunca mais olharei para o Facebook com os mesmos olhos.


critica do G1:
Thriller nerd
Ter acesso aos bastidores da criação de uma rede social virtual não parece nada atraente, tudo bem, mas é aqui que entra o olhar de Fincher. A narrativa não é linear e mescla cenas do passado com presente, como Zuckerberg programando e se defendendo no tribunal universitário de seus ex-colegas que lutam pelo crédito a que têm direito.

Essas cenas de disputa são tensas e servem para apresentar uma bela geração de novos atores que vêm por aí. Eisemberg tem uma quietude arrogante: ele não sorri nem altera o tom de voz e criou um irritante trejeito de falar atropelando as palavras. Garfield, que em breve será o novo Homem-Aranha, destaca-se pela carga dramática que emprega ao seu personagem, o melhor amigo de Zuckerberg que leva uma rasteira daquelas.

Armie Hammer, que faz os gêmeos Winklevoss, está tão bem que nem parece um mesmo ator em dois papéis. Já Justin Timberlake também está ótimo na pele do escroque Sean Parker, cocriador do Napster e um dos primeiros a enxergar um potencial de negócios no Facebook.

“A rede social” é um filme atual não por ser apenas do Facebook mas por abordar questões pertinentes como o bullying virtual ou a falsa sensação de poder que a internet pode criar. Isso sem falar na questão dos direitos autorais em tempos de web colaborativa e até mesmo na crise da indústria fonográfica.

Fora isso, a edição alucinante e claustrofóbica de Fincher, pontuada com os ótimos diálogos do roteiro de Aaron Sorkin (da série “The west wing”) e a nervosa trilha sonora de Trent Reznor (do Nine Inch Nails), fazem do filme um thriller dos bons. Um thriller nerd dos bons.

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