História dos tecidos –2: Idade Média

Por Juliana Sayuri do MODASOPT.COM

A riqueza dos bordados europeus dava graça aos trajes da nobreza. A Itália e seus tecidos destacavam-se e o comércio com o Oriente trazia todo tipo de novidades, texturas e cores para a Europa.

De 1000 a 1300 d.C

Os bordados europeus estavam bem desenvolvidos antes do primeiro milénio d.C.. A importância do bordado como uma técnica decorativa foi assegurada pela raridade e alto custo das sedas que, até o século XIII eram importadas do Império Bizantino e do Oriente Próximo. Apesar da maioria dos tecidos europeus serem feitos de lã e linho, as sedas tornaram-se símbolo de poder e riqueza.

Século XII: Pashmina Himalaia

A fibra pashmina, proveniente da cabra tchang-ra, foi descoberta pelos mongóis no século XII. O nome vem da antiga palavra persa “pashm”, que significa “extremamente fina”. Além da tchang-ra, há outros animais lanígeros naturais do Oriente, como o camelo (China e Mongólia), a cabra cashmere (Tibete), a cabra angorá (Tibete e Turquia), coelho angorá (Turquia) e iaque (Tibete e China).

De 1300 a 1500

A Itália liderava a produção de lãs e sedas. Florença produzia roupas fine-quality, com lã importada da Inglaterra e tecidas na Flandres. Apesar da importância económica da lã, foram as sedas italianas nos séculos XIV e XV que conquistaram o auge da fama na Europa, influenciando o design têxtil até o presente.

Entre os século XI e XV (então já na Idade Moderna), o tecido de algodão estampado nascia no Oriente e no Oriente Médio, antes do surgimento das telas indianas estampadas. Em 1498, quando o navegador Vasco da Gama ancorou na Índia, encontrou tecidos de puro algodão estampados com motivos florais e arabescos. Ao retornar a Portugal, levou os coloridos tecidos para a Península Ibérica, junto com porcelanas, sedas e especiarias.

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