Mutilação Genital Feminina, oh (des)humanidade!
Este é "o tal", o post mais lido de sempre do Contra capa, o mais procurado, mais pesquisado, mais tudo. E que, ainda agora, continua a coleccionar comentários (como o anterior, de resto)
Publicado em 11 de Julho de 2007
Publicado em 11 de Julho de 2007
A polícia de Londres iniciou uma campanha para combater a prática da mutilação genital feminina(MGF) em comunidades de imigrantes na capital britânica. A prática já é completamente ilegar no país e uma recompensa de 20 mil libras, está a ser oferecida a quem tiver informações que possam levar à prisão dos envolvidos.
A campanha começa no período de férias escolares de verão, quando aumenta o risco de mutilação para as meninas, principalmente de origem africana. Os meses de férias são vistos como a melhor época para se realizar o procedimento, já que o tempo longe das salas de aula é geralmente suficiente para que as meninas se recuperem.
A campanha começa no período de férias escolares de verão, quando aumenta o risco de mutilação para as meninas, principalmente de origem africana. Os meses de férias são vistos como a melhor época para se realizar o procedimento, já que o tempo longe das salas de aula é geralmente suficiente para que as meninas se recuperem.
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"Tenho certeza de que minha mãe achava que me estava a fazer um favor. De qualquer modo, não acho que ela tivesse escolha. Aquela era uma sociedade em que os homens mandavam. Minha mãe apenas obedecia. Essa era a regra."
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"Tenho certeza de que minha mãe achava que me estava a fazer um favor. De qualquer modo, não acho que ela tivesse escolha. Aquela era uma sociedade em que os homens mandavam. Minha mãe apenas obedecia. Essa era a regra."
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Waris Dirie tornou-se uma das maiores activistas contra a MGF no mundo. Há onze anos que ela lidera campanhas tentando consciencializar as pessoas sobre a existência da prática, que ainda atinge cerca de 3 milhões de meninas todos os anos.
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Porquê?
É difícil resumir em poucas palavras o significado cultural desta prática; as culturas em que ocorre são muito diversas. As razões e significados centram-se, essencialmente, em definições sociais de feminilidade e em posturas relativas à sexualidade das mulheres, por exemplo, a preservação da castidade nem sempre é o objectivo. Há países em que uma rapariga pode ter uma criança fora do casamento como prova da sua fertilidade, depois sujeitar-se a mutilação genital e casar a seguir (áfrica ocidental).
Para uma mãe, numa sociedade em que existe pouca viabilidade económica para as mulheres não casadas, assegurar que a sua filha se sujeite a mutilação genital, enquanto criança ou adolescente, é um acto de amor com vista a garantir que um dia se casará (é considerada pura porque, efectivamente, é impossivel ter tido relações sexuais). Devido à natureza muito privada desta prática, a operação é realizada a pedido da família e aprovada pela sociedade como parte da sua identidade cultural, sentido de lealdade para com a família e crença num sistema de valores.
Nas comunidades onde é praticada a infibulação(em baixo), a tradição e a religião mandam que todas as mulheres se sujeitem a esta prática, mas a verdade é que a operação faz com que a mulher seja inactiva sexualmente na medida em que o coito é quase impossível depois da infibulação. Parece significar um esforço primitivo para evitar que os "maus espíritos" (leia-se desejo) entrem no corpo da mulher e acreditam que se deixarem crescer o clítoris o desejo sexual na mulher vai aumentar, por isso, a circuncisão é necessária no sentido de reduzir o desejo e, por conseguinte, a tentação sexual. Além do mais, a vida sem sexo é considerada mais tolerável. Aqui, a prática previne a promiscuidade e mantém a virgindade.
É difícil resumir em poucas palavras o significado cultural desta prática; as culturas em que ocorre são muito diversas. As razões e significados centram-se, essencialmente, em definições sociais de feminilidade e em posturas relativas à sexualidade das mulheres, por exemplo, a preservação da castidade nem sempre é o objectivo. Há países em que uma rapariga pode ter uma criança fora do casamento como prova da sua fertilidade, depois sujeitar-se a mutilação genital e casar a seguir (áfrica ocidental).
Para uma mãe, numa sociedade em que existe pouca viabilidade económica para as mulheres não casadas, assegurar que a sua filha se sujeite a mutilação genital, enquanto criança ou adolescente, é um acto de amor com vista a garantir que um dia se casará (é considerada pura porque, efectivamente, é impossivel ter tido relações sexuais). Devido à natureza muito privada desta prática, a operação é realizada a pedido da família e aprovada pela sociedade como parte da sua identidade cultural, sentido de lealdade para com a família e crença num sistema de valores.
Nas comunidades onde é praticada a infibulação(em baixo), a tradição e a religião mandam que todas as mulheres se sujeitem a esta prática, mas a verdade é que a operação faz com que a mulher seja inactiva sexualmente na medida em que o coito é quase impossível depois da infibulação. Parece significar um esforço primitivo para evitar que os "maus espíritos" (leia-se desejo) entrem no corpo da mulher e acreditam que se deixarem crescer o clítoris o desejo sexual na mulher vai aumentar, por isso, a circuncisão é necessária no sentido de reduzir o desejo e, por conseguinte, a tentação sexual. Além do mais, a vida sem sexo é considerada mais tolerável. Aqui, a prática previne a promiscuidade e mantém a virgindade.
Nas sociedades agrárias, onde jovens raparigas cuidam do gado e percorrem longas distâncias para buscar água, a infibulação é considerada uma salvaguarda para proteger a honra da família. De facto, em certas sociedades, mulheres não mutiladas são consideradas sujas e não têm autorização de distribuir comida e água...
A prática também tem implicações económicas: o pai é pago se a noiva for virgem e a prova da virgindade é a infibulação. Assegura ainda, fidelidade num casamento. A re-infibulação após o parto é um meio que pretende assegurar que a mulher permaneça fiel.
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O que é a MGF?
A remoção do clitóris, “Mutilação Genital Feminina” e “Circuncisão Feminina” são usadas para se referir ao mesmo fenómeno: a excisão, a clitoridectomia, a infibulação e todas as outras práticas semelhantes. Ela é comum em 28 países da África, além de regiões do Oriente Médio e da Ásia e é feita por parteiras ou por mulheres idosas da comunidade, que utilizam objectos cortantes, como lâminas ou pedaços de vidro. As meninas são submetidas a uma operação sem quaisquer tipos de anestesia e preparação sanitária ou médica, os objectos chegam a ser utilizados por diversas vezes sem que sejam esterilizados.
Em Abril de 1997, numa declaração conjunta a OMS e a UNICEF definiram a MGF como todos os procedimentos envolvendo total ou parcial remoção dos genitais femininos externos ou outras lesões dos órgãos genitais femininos por razões culturais ou outras que não-terapêuticas.
Tipo I-Clitoridectomia
Na forma mais comum deste procedimento o clítoris é seguro entre o dedo polegar e indicador, puxado para fora e amputado com um corte de um objecto afiado. O sangue é estancado através de gazes ou outras substâncias e é aplicado um penso. Os praticantes mais "modernos" aplicam um ou dois pontos na zona do clítoris para parar a hemorragia.
Tipo II- Excisão
A principal diferença é a gravidade do corte. Usualmente o clítoris é amputado e os pequenos lábios são removidos total ou parcialmente, muitas vezes com um mesmo golpe. O sangue é estancado com ligaduras ou com alguns pontos, que podem ou não cobrir parte da abertura vaginal.
Os tipos I e II correspondem geralmente a 80-85% de toda a MGF.
Tipo III- Circuncisão faraónica ou infibulação
É a forma mais extrema de mutilação, e consiste na remoção do clítoris e pequenos lábios, juntamente com a superfície interior dos grandes lábios, que são unidos através de pontos ou espinhos/picos sendo as pernas atadas durante 2 a 6 semanas. É deixada uma pequena abertura para permitir a passagem de urina e sangue menstrual (tem normalmente 2-3 cm de diâmetro, mas pode chegar a ser tão pequena como a cabeça de um fósforo).
Se a abertura-infibulação-, for suficientemente grande, a mulher poderá ter relações sexuais depois da gradual dilatação, que pode demorar semanas, meses ou, em alguns casos, tanto tempo como 2 anos. Se a abertura for demasiado pequena, tradicionalmente recorre-se à defibulação antes de se ter relações sexuais, normalmente efectuada pelo marido ou um parente feminino usando uma faca ou pedaço de vidro.
Em quase todos os casos de infibulação, é necessário recorrer a defibulação durante o parto para permitir a saída do feto e, para tal, é essencial a ajuda de uma parteira pois podem ocorrer complicações para a mãe e/ou o feto.
Tradicionalmente, a re-infibulação é feita após a mulher dar à luz. Tal é feito para criar a ilusão de virgindade, já que uma pequena abertura vaginal é culturalmente entendida como capaz de dar maior prazer ao homem. Devido aos cortes e suturas repetidos, as consequências físicas, sexuais e psicológicas da infibulação são maiores e mais duradouros do que os outros tipos de MGF.
Não é permitido às mulheres falarem sobre esse assunto o que faz com que o seu sofrimento seja silencioso.
O clítoris e os pequenos lábios são os principais órgãos femininos sensíveis a estímulos sexuais, pelo que cortar parte ou a totalidade deles irá certamente interferir, embora não necessariamente abolir, a receptividade física das mulheres a estímulos sexuais.
Todos os tipos de MGF envolvem remoção ou danificação do normal funcionamento dos genitais externos femininos e pode dar origem a um variado número de complicações físicas como hemorragias, retenção urinária e incontinência, fístulas, infertilidade e infecções (na vagina, recto, bexiga), sida (porque os instrumentos utilizados nas operações não são apropriados nem devidamente esterilizados, propagando o vírus por todas aquelas que forem sujeitas à mutilação com os mesmo objectos), hepatite B, tétano, infertilidade, complicações de parto e em último caso, a morte. Dos efeitos psicológicos, alguns incluem ansiedade, terror, humilhação e traição. Alguns especialistas sugerem que o choque e trauma da “operação” podem contribuir para os comportamentos “mais calmos” e “dóceis”, considerados características positivas em sociedades que praticam MGF sendo mesmo durante o ritual, acompanhada por uma sessão sobre o papel da mulher na sociedade.
Testemunho de uma vítima de MGF:
“Sofri mutilação genital feminina aos dez anos. A minha defunta avó disse-me então que me iam levar perto do rio para executar uma espécie de cerimónia, e que depois me dariam muita comida. Como criança inocente que era, lá fui como uma ovelha para a matança. Mal entrei no arbusto secreto, levaram-me para um quarto muito escuro e tiraram-me as roupas. Vendaram-me os olhos e despiram-me completamente. Depois, duas mulheres fortes levaram-me para o local onde seria a operação. Quatro mulheres com força obrigaram-me a deitar-me de costas, duas apertando-me uma perna cada uma. Outra mulher sentou-se sobre o meu peito para eu não mexer a parte de cima do meu corpo. Um bocado de tecido foi-me posto dentro da boca para eu não gritar. Depois raparam-me os pelos. Quando começou a operação debati-me imenso. A dor era terrível e insuportável. Enquanto me debatia cortaram-me e perdi sangue. Todos os que fizeram parte da operação estavam meios bêbados. Outros estavam a dançar e a cantar, e ainda pior, estavam nus. Fui mutilada com um canivete rombo. Depois da operação, ninguém me podia ajudar a andar. O que me puseram na ferida cheirava mal e doía. Estes foram momentos terríveis para mim. Cada vez que queria urinar, era forçada a estar em pé. A urina espalhava-se pela ferida e causava de novo a dor inicial. Às vezes tinha de me forçar a não urinar, com medo da dor terrível. Não me anestesiaram durante a operação, nem me deram antibióticos contra infecções. Depois, tive uma hemorragia e fiquei anémica. A culpa foi atribuída à feitiçaria. Sofri durante muito tempo de infecções vaginais agudas.”
Hannah Koroma, Serra Leoa.
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Sejam quais forem as razões, a MGF é antes de mais uma violação dos direitos da criança/adolescente, é obsoleta para qualquer sociedade que preze os direitos humanos e traz consequências graves quer físicas quer psicológicas.
"Nenhuma razão cultural, médica ou outra poderá jamais justificar uma prática que causa tanta dor e sofrimento", "Independente da origem cultural, ela é completamente inaceitável e deve ser ilegal onde quer que aconteça."disse David Blunkett, ministro do Interior inglês em 2004.
A prática também tem implicações económicas: o pai é pago se a noiva for virgem e a prova da virgindade é a infibulação. Assegura ainda, fidelidade num casamento. A re-infibulação após o parto é um meio que pretende assegurar que a mulher permaneça fiel.
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O que é a MGF?
A remoção do clitóris, “Mutilação Genital Feminina” e “Circuncisão Feminina” são usadas para se referir ao mesmo fenómeno: a excisão, a clitoridectomia, a infibulação e todas as outras práticas semelhantes. Ela é comum em 28 países da África, além de regiões do Oriente Médio e da Ásia e é feita por parteiras ou por mulheres idosas da comunidade, que utilizam objectos cortantes, como lâminas ou pedaços de vidro. As meninas são submetidas a uma operação sem quaisquer tipos de anestesia e preparação sanitária ou médica, os objectos chegam a ser utilizados por diversas vezes sem que sejam esterilizados.
Em Abril de 1997, numa declaração conjunta a OMS e a UNICEF definiram a MGF como todos os procedimentos envolvendo total ou parcial remoção dos genitais femininos externos ou outras lesões dos órgãos genitais femininos por razões culturais ou outras que não-terapêuticas.
Tipo I-Clitoridectomia
Na forma mais comum deste procedimento o clítoris é seguro entre o dedo polegar e indicador, puxado para fora e amputado com um corte de um objecto afiado. O sangue é estancado através de gazes ou outras substâncias e é aplicado um penso. Os praticantes mais "modernos" aplicam um ou dois pontos na zona do clítoris para parar a hemorragia.
Tipo II- Excisão
A principal diferença é a gravidade do corte. Usualmente o clítoris é amputado e os pequenos lábios são removidos total ou parcialmente, muitas vezes com um mesmo golpe. O sangue é estancado com ligaduras ou com alguns pontos, que podem ou não cobrir parte da abertura vaginal.
Os tipos I e II correspondem geralmente a 80-85% de toda a MGF.
Tipo III- Circuncisão faraónica ou infibulação
É a forma mais extrema de mutilação, e consiste na remoção do clítoris e pequenos lábios, juntamente com a superfície interior dos grandes lábios, que são unidos através de pontos ou espinhos/picos sendo as pernas atadas durante 2 a 6 semanas. É deixada uma pequena abertura para permitir a passagem de urina e sangue menstrual (tem normalmente 2-3 cm de diâmetro, mas pode chegar a ser tão pequena como a cabeça de um fósforo).
Se a abertura-infibulação-, for suficientemente grande, a mulher poderá ter relações sexuais depois da gradual dilatação, que pode demorar semanas, meses ou, em alguns casos, tanto tempo como 2 anos. Se a abertura for demasiado pequena, tradicionalmente recorre-se à defibulação antes de se ter relações sexuais, normalmente efectuada pelo marido ou um parente feminino usando uma faca ou pedaço de vidro.
Em quase todos os casos de infibulação, é necessário recorrer a defibulação durante o parto para permitir a saída do feto e, para tal, é essencial a ajuda de uma parteira pois podem ocorrer complicações para a mãe e/ou o feto.
Tradicionalmente, a re-infibulação é feita após a mulher dar à luz. Tal é feito para criar a ilusão de virgindade, já que uma pequena abertura vaginal é culturalmente entendida como capaz de dar maior prazer ao homem. Devido aos cortes e suturas repetidos, as consequências físicas, sexuais e psicológicas da infibulação são maiores e mais duradouros do que os outros tipos de MGF.
Não é permitido às mulheres falarem sobre esse assunto o que faz com que o seu sofrimento seja silencioso.
O clítoris e os pequenos lábios são os principais órgãos femininos sensíveis a estímulos sexuais, pelo que cortar parte ou a totalidade deles irá certamente interferir, embora não necessariamente abolir, a receptividade física das mulheres a estímulos sexuais.
Todos os tipos de MGF envolvem remoção ou danificação do normal funcionamento dos genitais externos femininos e pode dar origem a um variado número de complicações físicas como hemorragias, retenção urinária e incontinência, fístulas, infertilidade e infecções (na vagina, recto, bexiga), sida (porque os instrumentos utilizados nas operações não são apropriados nem devidamente esterilizados, propagando o vírus por todas aquelas que forem sujeitas à mutilação com os mesmo objectos), hepatite B, tétano, infertilidade, complicações de parto e em último caso, a morte. Dos efeitos psicológicos, alguns incluem ansiedade, terror, humilhação e traição. Alguns especialistas sugerem que o choque e trauma da “operação” podem contribuir para os comportamentos “mais calmos” e “dóceis”, considerados características positivas em sociedades que praticam MGF sendo mesmo durante o ritual, acompanhada por uma sessão sobre o papel da mulher na sociedade.
Testemunho de uma vítima de MGF:
“Sofri mutilação genital feminina aos dez anos. A minha defunta avó disse-me então que me iam levar perto do rio para executar uma espécie de cerimónia, e que depois me dariam muita comida. Como criança inocente que era, lá fui como uma ovelha para a matança. Mal entrei no arbusto secreto, levaram-me para um quarto muito escuro e tiraram-me as roupas. Vendaram-me os olhos e despiram-me completamente. Depois, duas mulheres fortes levaram-me para o local onde seria a operação. Quatro mulheres com força obrigaram-me a deitar-me de costas, duas apertando-me uma perna cada uma. Outra mulher sentou-se sobre o meu peito para eu não mexer a parte de cima do meu corpo. Um bocado de tecido foi-me posto dentro da boca para eu não gritar. Depois raparam-me os pelos. Quando começou a operação debati-me imenso. A dor era terrível e insuportável. Enquanto me debatia cortaram-me e perdi sangue. Todos os que fizeram parte da operação estavam meios bêbados. Outros estavam a dançar e a cantar, e ainda pior, estavam nus. Fui mutilada com um canivete rombo. Depois da operação, ninguém me podia ajudar a andar. O que me puseram na ferida cheirava mal e doía. Estes foram momentos terríveis para mim. Cada vez que queria urinar, era forçada a estar em pé. A urina espalhava-se pela ferida e causava de novo a dor inicial. Às vezes tinha de me forçar a não urinar, com medo da dor terrível. Não me anestesiaram durante a operação, nem me deram antibióticos contra infecções. Depois, tive uma hemorragia e fiquei anémica. A culpa foi atribuída à feitiçaria. Sofri durante muito tempo de infecções vaginais agudas.”
Hannah Koroma, Serra Leoa.
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Sejam quais forem as razões, a MGF é antes de mais uma violação dos direitos da criança/adolescente, é obsoleta para qualquer sociedade que preze os direitos humanos e traz consequências graves quer físicas quer psicológicas.
"Nenhuma razão cultural, médica ou outra poderá jamais justificar uma prática que causa tanta dor e sofrimento", "Independente da origem cultural, ela é completamente inaceitável e deve ser ilegal onde quer que aconteça."disse David Blunkett, ministro do Interior inglês em 2004.
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ps- peço desculpa pela crueza e alguma violência do post, mas há coisas a que não é possível fugir...
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