egoismo, ou dores de crescimento?
de facto, não importa muito o motivo, mas são vários (talvez mais do de gostaríamos e do que muitas vezes suportamos), os momentos em que nos sentimos tensos, enervados, presos, intranquilos, tudo isto envolto, ou contribuindo, para um mal estar geral físico e psicológico que chega a perturbar de forma muito significativa não só o nosso dia a dia como o curso normal da nossa vida. O resultado é desastroso: não só não conseguimos os objectivos, como nos frustramos, como passamos a carregar, ainda, a culpa da nossa ineficácia.
Podemos tentar mudar as coisas.
Não podemos mudar alguns dos factores desencadeantes, porque a própria vida é uma fonte de conflito, mas podemos ajudar-nos a lidar com eles. A receita é velha e gasta, mas raras vezes aplicada. E é simples: Precisamos tornar-nos mais egoístas. Um egoismo diferente. Um egoismo que não pretende retirar o que quer que seja aos outros, mas sim, acrescentar algo a nós. Talvez tenhamos medo das palavras, mas é isso mesmo: Precisamos de olhar mais para dentro, olhar mais para nós, procurar espaços para momentos nossos, dedicados ao nosso corpo e ao nosso espírito. Essa tem sido, posso dizê-lo, uma batalha diária. É difícil. Desligar, é difícil. Dizer não, é difícil. Olhar os outros e dizer não, hoje quero ficar longe de ti, hoje quero outra coisa, é muito difícil. às vezes dói um bocadinho mas, eu diria, é uma questão de sobrevivência.
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