Rosa Parks iniciou em 1955, uma luta que está longe de terminar.
O preconceito de cor não se extingue com a negação das diferenças que de facto existem, nem com a superação de um conceito.
Não enquanto se continuar a falar dele todos os dias, porque é necessário.
Negar o racismo é tão simples como varrer o lixo para debaixo do tapete.

Comentários

Cristina disse…
nem me venham dizer que não conseguem entrar que já apanhei uma fúria do tamanho da casa

beijos:(
José Pires F. disse…
Diz Rui Marques, no seu “Uma mesa com lugar para todos p.129”, que a interculturalidade é a via que defendemos para Portugal. A nossa composição étnica-cultural proporciona-nos hoje um tecido diversificado, muito mais rico e menos monolítico.

Rui Marques, partindo do pressuposto que Portugal é uma Nação mestiça, no que concerne aos traços culturais assimilados dos povos que por cá passaram e deixaram a sua cultura, sendo que grande parte deriva da civilização islâmica, defende que o futuro está na coexistência das diferenças, uma amálgama de todas elas, para a criação de uma nova identidade nacional, estando convencido que, há um principio de que não podemos abdicar, que é, o de que, a humanidade é só uma, os seres humanos são todos iguais em dignidade e por esse motivo nunca poderemos aceitar, que em função de divisões administrativas, politicas e regionais, existam direitos diferentes daquilo que são os direitos essenciais do ser humano

Curiosamente como bem nota David Landes, também o declínio da expansão portuguesa, por oposição, evidencia os resultados da intolerância e da perseguição aos diferentes da época, nomeadamente os judeus. E “em questões de intolerância a maior perda é a que o perseguidor inflige a si mesmo”.
Anónimo disse…
Miga,
Em primeiro lugar,tu tem calma!
Quanto à 'Cidade dos Anjos',vê o filme,compra peras e depois conta como foi saborear a dita.
Beijinho

PS - Vê também 'Morrer em Las Vegas'.É magistral!
Cristina disse…
piresf

olá.:)))
a interculturalidade é uma característica de Portugal, quanto a isso, penso que não teremos muitas dúvicas, a expansão portuguesa deixou-nos pelo menos isso, o que já não é pouco.
e concordo quando Rui Marques diz que somos uma nação mestiça, arrisco até a dizer que de todos os povos colonizadores fomos os que "convivemos" melhor com os colonizados, nada que se compare, por exemplo, com a Inglaterra, a frança...no entanto, esse facto não evitou muitos excessos e um sentimento em relação aos negros (porque é que não digo pretos?)que apesar de tudo é de superioridade...e não vale a pena dizer que não é verdade porque em situações em que a autocrítica não funciona, lá vem tudo à baila...infelizmente.

beijinhos:))
Cristina disse…
lucília

vou ver, de certeza, os dois:))
obrigada.
consegues ouvir a música??

beijos irritados com a m**** do blog:))
Pêndulo disse…
"Morrer em Las Vegas" adorei.
Eu entro aqui muito bem, uso o Firefox e se usar o Internet Explorer ouço bem a música , mas eu também sou bom, é natural que consiga ;)

Sobre o racismo;
Recentemente estive na zona de Lisboa e devo voltar esta semana. É raro ir e houve uma coisa que me saltou à vista, a quantidade de pretos que se vê nas ruas e centros comerciais. Reparei que geralmente eram quem servia refeições no fast-food ou recolhia os tabuleiros e varria o lixo. Não vi a atender em lojas de roupa e afins. Aí eram as garotinhas do shopping brancas quem imperava. Os especímens mais exuberantes e barulhentos de jovens eram também pretos. Confesso que me fez um certo mal estar ver tanto preto pois não estou habituado. É a sensação de estar no meio de um grupo estranho. Quanto a racismo, dizia-me um colega de curso cabo-verdiano que na sua terra também havia entre os diversos graus de escuridão de pele. Aliás , disse ele achando caricato, os cabo-verdianos em geral não se consideram africanos.

Riquita, que raio de música é esta ? É para carpir mágoas ? Brel é lindo mas esta é deprimente "l'ombre de ta main, l' ombre de ton chien" ?
Ânimo mulher ! Tenho de ir aí abanar-te os ossos para acordares ?
Sobre a influência do espírito no corpo vou mandar-te um artigo da "Super Interessante" para que leias.

E fica sempre bem cumprimentar à chegada,
Boa noite Riquita, como estás ?
Cristina disse…
Pêndulo

boa noite, como estás??? concordo contigo quanto à musica..já mudei.

a descrição que fazes, é geralmente uma observação de quem vem de fora (de Lisboa), eu como lá nasci, confesso que nem reparo, mas é verdade e os trabalhos...são iguais aos das outras pessoas com pouca formação ou que venham de fora, brancos ou pretos...não reparaste que as rapariguinhas do shopping, são a maioria brasileiras? fazem cá o mesmo trabalho que os portugueses fazem em França ou na Suissa, não é bem aí que está o racismo,este manifesta-se de diferentes formas, com atitudes discretas, sutis, quase imperceptíveis. Outras vezes são agressões explícitas, um olhar, um comentário, uma piada ou simplesmente uma reação física...é mais complicado..

beijo:)
Cristina disse…
david

obrigada pela visita!
pois é, tantas coisas tão básias...que não conseguimos ultrapassar, ou talvez por isso mesmo:)
beijinhos e volta mais vezes:))
Pêndulo disse…
Creio que a questão está no número. Não me senti confortável no meio de tantos pretos assim como uma vez não me senti quando, num autocarro, fui rodeado por uns dez surdos mudos em conversa gestual e alegres gargalhadas. O número é o busílis. Todavia , ontem, no centro comercial cá da terra onde há poucos pretos, sentou-se na mesa seguinte aquela onde eu tomava café uma preta escultural, dos melhores corpos que via até hoje, e desejei-a. Não creio que o tivesse feito se ela estivesse rodeada de mais quatro ou cinco.
Coisas do instinto, a tribo, o clã, a família, etc.
Pêndulo disse…
E o racismo é um comportamento inato. Está geneticamente programado e só a Razão o pode contrariar. Felizmente conseguimo-lo mas emerge aqui e ali como disseste. Movimentos migratórios têm de ser muito bem monitorizados ou podem desencadear reacções adversas muito más. Tudo leva o seu tempo e tem de ser muito gradual. A Europa envelhecida necessita desse sangue novo mas não podemos escancarar as portas repentinamente. Em Portugal os negros são provenientes de territórios que já foram nacionais e mesmo assim há essa tensão latente. Em outros países com outros fluxos pode a tensão atingir o ponto de ruptura.
Anónimo disse…
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