longe de pôr em causa


o direito à greve, obviamente. É um direito e está tudo dito.

Mas há coisas que me chateiam nas greves ditas gerais. Começa logo pela designação: geral onde? Quem é que neste país pode fazer greve? Quem tem emprego garantido no Estado. O resto é folclore.
E depois não gosto da forma como os sindicalistas justificam estas medidas. Cada vez menos os vejo como defensores de quem realmente precisa de ser defendido. Cada vez mais os vejo inexcedíveis, nestes dias, a posar pomposamente para as câmaras de televisão ao lado dos seus principais aliados, os trabalhadores dos transportes: essa classe sempre insatisfeita, mas que num país de meio milhão de desempregados tem salário, emprego, reformas e greves garantidas. Ponho-me no lugar de quem não tem nenhum destes direitos e vê nas televisões meia dúzia de senhores, altivos, a vangloriar-se de ter feito valer os direitos que eles não têm. Em nome deles.
A arrogância é tanta que arrepia.
Imagino também o que pensará quem tem emprego precário, que ontem não pôde comparecer ao trabalho e ganhou menos um dia do miserável salário; terá sentido como sua a justa luta dos trabalhadores? Duvido. Muito.
A frieza com que A Federação dos Sindicatos dos Transportes Rodoviários e Urbanos (FESTRU) declarou que "A exigência de serviços mínimos é ilegítima e ilegal e apelamos aos trabalhadores para não a cumprir", chocou-me deveras. Porque a imagem que transmite a quem realmente não pode deixar de comparecer nos locais de trabalho é imoral. Imagine-se um trabalhador de um serviço de urgência que não possa, ou não queira, porque também está no seu direito, usar transporte próprio. É legítimo impedi-lo de ir trabalhar? Porque não vai Carvalho da Silva até às últimas consequências e apela ao não cumprimento de todos os serviços mínimos?
Talvez Carvalho da Silva devesse pensar duas vezes porque é a CGTP se escusou a "entrar em guerras de números" e os que aparecem são "mentirosos"....talvez perceba que quem realmente precisa de ser defendido não tem tempo nem vontade de fazer greve e muito menos de o ouvir.

Como se escreve n' A causa foi modificada, como todas as greves de Carvalho da Silva, não se destinam a conquistar o que quer que seja de palpável para o trabalhador que recebe pouco dinheiro ao fim do mês. É, antes de tudo o mais, um protesto contra o estado de Portugal, contra o estado do Mundo, contra o capitalismo, a globalização, o lucro e o facto de estes sistemas todos obrigarem a que para sempre existam pessoas classificaveis de "pobres"; em suma, é uma greve para alimentar uma luta ideológica cujo principal interessado é o ego ressentido do próprio Cravalho da Silva.

Lamento se chocar os defensores do seu direito inalienável à greve, mas eu passo.
.
__________Adenda_____________
e nada como ler quem conhece melhor que eu os meandros do sindicalismo.
(...)Esta última greve geral, este monumental fiasco de greve geral, pode ter representado um forte contributo da CGTP não só para o descrédito da significância da componente sindical na sociedade civil como, desqualificando o uso do direito à greve, uma oferta de bandeja aos que pretendem rebaixar o exercício dos direitos sindicais. Adicionando ainda, para os trabalhadores, um ónus de pessimismo acrescentado quando às possibilidades de, por via colectiva e de classe, sindicalmente, protegerem os seus direitos e melhorar as degradadas condições de trabalho. Provavelmente, se a democracia sindical funcionasse no seio dos Sindicatos (em vez do contumaz centralismo democrático), os dirigentes da CGTP estariam agora de cabeça baixa a suportar a forte crítica dos sindicalizados pelo mal que fez ao sindicalismo português esta acção voluntarista mal amanhada e cujas justificações, objectivas e subjectivas, se resumiram a pouco mais que cumprir a agenda política do PCP. Também pelo bónus oferecido ao governo PS/Sócrates na forma de descrédito da contestação.(...) Finalmente, uma última ilação incontornável: a CGTP está perante um paradoxo na sua natureza sindical. Definindo-se pelo sindicalismo de classe, com uma componente directiva e discursiva fortemente obreirista, dogmática no vanguardismo proletário, acaba por se ver reduzida a uma federação congregadora de trabalhadores de serviços públicos, em que a maioria do operariado do país lhe passa ao lado. Vivendo do Estado, o Estado-patrão, o Estado capitalista, na exacta medida em que o seu poder de mobilização se esgota em parte da área dos assalariados dos serviços das administrações públicas central e local.

Comentários

Anónimo disse…
um direito é um direito: não está nada dito!
Anónimo disse…
"O direito à greve, obviamente. É um direito e está tudo dito.".....

Concordo com a frase, qt ao resto o fazer ou não fazer, tb obviamente depende da vontade de cada um........
Beijo, e mta preguiça :)
Anónimo disse…
Parabéns Cristina, pela tua lucidez, sentido de oportunidade e coragem no abordar deste e muitos outros temas.
Beijocas
Anónimo disse…
Talvez, o Dr. Carvalho da Silva percebesse para que servem os serviços minimos se:
No dia da greve 'Geral', ao sair de casa tivesse dois peneus do carro em baixo, e a estação de serviço mais perto em greve, não lhe pudesse resolver o problema, apanharia concerteza um TAXI, à, tambem estão em greve, vai então tentar apanhar o metro do sul do Tejo, mas porra os gajos tambem estão em greve, bem tem mesmo de ir a pé, e no seu trajeto pelas ruas, leva com um vazo de flores na cabeça, isto porque a D. Micas como estava em greve aproveitou para tratar das suas flores, que for falta de tempo não andavam nada boas.
Além chamou os Bombeiros 112, e nada que pudesse socorrer o Homem, chiça pá tudo em greve, até que um passante o transporta ao Hospital, mais um vez greve, o que dirá o Dr., então não há serviços minimos para estas urgencia, mas que pais e que governo temos??.

JMC
Anónimo disse…
Ah, miúda amiga, se o propósito fosse mesmo um protesto contra o estado de Portugal, contra o estado do Mundo, contra o capitalismo, a globalização, o lucro e o facto de estes sistemas todos obrigarem a que para sempre existam pessoas classificaveis de "pobres" eu seria o primeiro a fazer greve.
Mas não, não me parece! Mas estranho mesmo é a fraca adesão em relação a outras anteriores atendendo a que desde 1998 nunca estiveram as famílias tão empobrecidas!

Bjinho
Anónimo disse…
Não concordo NADA com a sua análise, Cristina.

Mas compreendo, também, que emergem a todo o transe, fenómenos como:

- o individualismo exacerbado (cada um olha para o seu umbigo)

- o receio de perseguição, e de ficar marcado (Sublinhe-se, neste âmbito, a condição de precariedade de muitos postos de trabalhos, nomeadamente, na Função Pública)

- o descrédito das estruturas sindicais

Relevo o facto de todos os blocos operatórios do País, terem estado parados, com excepção para os casos de urgência.
Quer dizer qualquer coisa, não acha ?
Resta saber, quem nos blocos operatórios fez greve ! cirurgiões ? anestesistas ? enfermeiros ? pessoal auxiliar ?

uma beijoca

PS - Enfim, se a adesão foi pouco representativa, é porque está tudo satisfeito !!!

Estarão ???
Faço minhas as palavras da 'maria'.

Luta ideológica ou da naftalina, ressentido e ressequido. Sempre que oiço esse sindicalista falar na tv mudo logo de canal. Começo a não perceber o que diz, como se não pensasse nos outros.

Quem tem trabalho precário foi trabalhar, via-se pelas ruas de Lisboa imensa gente a passo apressado, em luta sim, em luta contra o tempo ou a perda de trabalho. Esses sim, são os meus heróis.
A propósito, por que carga de água os motoristas estão sempre tão mal-dispostos?? ...

Beijinhos
Anónimo disse…
Gostei dos comentários destes dois blogues:

http://kropotkine.blogspot.com/

http://corta-fitas.blogspot.com/2007_05_01_archive.html#5264386171362113727
Cristina disse…
mar

principalmente das circunstâncias de cada um..
beijo
Cristina disse…
jmc

pois, vá-se lá chamar geral a isto...

eu fiz tudo o que costumava fazer sem qualquer restrição. mas eu vivo fora de lisboa e não sou funcionaria publica. a realidade é beeeem diferente.

beijo
Cristina disse…
maria

não sei se é lucidez, mas é o meu sentir..

um beijo, obrigada.
Cristina disse…
Carlos

sabes o que eu acho que representa essa dissociação?? a prova de que as pessoas já não se revêem nestes dirigentes sindicais. tresanda a gente bem instalada a fazer valer valer os seu direitos. e só.

um beijo
Cristina disse…
sofia

mas este é só o modo como eu sinto as coisas, aliás, não tenho dúvidas que este será um post de discordancias...

claro que as pessoas hão-de estar descontentes, a vida não é fácil.
mas as "velhas carcaças" dos sindicatos, não estão a fazer mais do que afastar e desmobilizar pessoas.
não é por acaso que mostram sempre a adesão de serviços públicos....e convenhamos Sofia, ser empregado público é um privilégio. os que têm trabalho precário devem corresponder à % dos que não aderiram...

no meu hospital, que não é público, não ouvi sequer falar de greve. ninguém.

ou seja, o distanciamento entre os sindicatos de quem realmente deve ser protegido é gritante. talvez porque esta gente não acredita que o sindicato vá, de facto, fazer alguma coisa por eles.

repare. os sindicatos denunciam cada vez maior perda de direitos! mas então.....não era sua função já terem conseguido resolver algumas destas questões com as lutas que fazem? conseguiram? não. podem ser considerados incompetentes...então porque é que os trabalhadores se hão-de rever num sindicato que efectivamente é incompetente?

é só isso, continuam entregues aos bichos apesar de sindicatos que cantam vitórias.
que vitórias?

as pessoas têm muito bem a noção de que se não fizerem pela vida ninguém faz por elas, o resto é mesmo folclore..

beijos Sofia.
Cristina disse…
amélia

começa a não perceber o que diz....pois, é mesmo isso.

um beijo
Unknown disse…
Cara Cristina

Preciso da sua ajuda!

http://absolutamenteninguem.blogspot.com/2007/05/as-damas-1.html

Grato
Beijinho
Anónimo disse…
Se discordarmos, não tem mal nenhum. Isso não é "pá gente". Amigas como sempre.
En passant ...

Concordo, Cristina, concordo com quase tudo o que diz neste seu último comentário.

Por ex., na Auto-Europa, houve entre 10 a 15% de grevistas, que fizeram questão de fazer saber à Administração, que faziam greve, não contra a Empresa, mas para demonstrar insatisfação contra a política do Governo.
E não serão por certo os trabalhadores da Auto Europa, aqueles que estarão pior neste País.
Por isso é que eu tb gostava de saber se os cirurgiões (no sector público) aderiram à greve de ontem ? Porque esses cirurgiões, tb não serão dos que terão mais razões para reclamar. Digo eu ...!

Sim Cristina, a mensagem sindical está "gasta".

Mas nem por isso deixam de ter uma função social, muito importante, quer para os trabalhadores, quer para as próprias entidades patronais.

A união fará (sublinho !), fará sempre a força.

Tudo evolui, e as organizações sindicais, também têm de saber, modernizar o seu discurso e a sua actuação, aos novos problemas do mundo laboral. E penso que é o que tem faltado.

No fundo, no fundo estamos de acordo, Cristina. Ambas !!!

bjinho
Anónimo disse…
Nem a propósito, está ali "um senhor na televisão a dizer" que, em Portugal, 6 em cada 10 trabalhadores, têm vínculo precário. São na sua maioria jovens, muitos a caminho dos 30, e outros já entre os 30 e os 40.

pagam a segurança social
pagam o IRS
não têm subsídio de férias e de natal
não recebem baixa, se estiverem doentes.

É a geração dos 500, ou geração do "à rasca".

Poucos têm direito de vir a estabalecer contrato.

Muitos estão no Estado.

Alguma vez fariam greve, com tão frágil vínculo ????

"jámé" ....:-))))

beijinhos
Manel disse…
O sr. dr. Carvalho da Silva só defende o sistema que lhe garante o dele. Forrifa-se para todos os outros que ele nem defende pois não fazem parte do grupo que o sutenta que tem sido o grupo aqueles que tem garantido o salário , as férias, a reforma, o tratamento médico, o atestado médico, ......... e e isto com custos para todos.
Lamento dizer que neste actual momento os sindicatos não estão a ser forças de progresso, mas sim de reacção, suportados em organizações coorporativistas. Onde a CGTP mete o nariz, a classe profissional perde consideração. Veja-se os professores onde os sindicatos só contestam e nunca proporam nada de novo.
Porque não uma greve geral à sexta feira como antigamente? Com sol, até a adesão seria maior.
Anónimo disse…
Gostava de chegar aqui e discordar da Cristina mas a verdade é que concordo com aquilo que diz e concordo na totalidade, como tal não tenho nada a crescentar.

Às vezes sabe bem encontrar alguém que sinta as coisas à nossa maneira.
Este seu post massajou-me o ego :)

Esta sua ousadia merece um beijo na ponta do nariz
Anónimo disse…
gostva de saber a tua opinião sobre o show da doacção do rim por um doente terminal, na Alemanha.
Cristina disse…
sofia

os sindicatos são importantes se eficientes.
mas como é que têm coragem de dizer àqueles que representam que o seu nível de vida tem vindo sempre a baixar?! querer que acreditem neles, e que se prejudiquem em nome da luta, sem verem resultados? a primeira coisa que eu pensava é: mas então, se não há melhorias nas condições de trabalho antes pelo contrário, que diabo estão lá a fazer? a tempo inteiro, pagos pelas cotas de pessoas que ganham pouco...bolas, e depois virem prá televisão vangloriar-se do efeito provocado pela greve que só prejudica os mais desprotegidos sem que estes sintam alguma contrapartida...parece gozação!

há que haver alguma capacidade de colocar a mão na consciência e perguntar-se o que é que eles têm efectivamente feito pelos trabalhadores, a acreditar no que dizem: que estes cada vez estão piores.

beijinho
Cristina disse…
Manel

infelizmente tens razão...aí está uma classe que bem pode dizer de que é que lhe tem servido ter um sindicato e fazer greves.

é bom que comece a haver por parte destes senhores algum sentido critico e que pensem bem se têm ajudado os professores ou pelo contrário..

um beijo
Cristina disse…
dalloway

na verdade, acho que em consciência, é muita falta de respeito pedir às pessoas que façam greve e depois dizer-lhes que afinal...as condições de trabalho delas vão piorando...facto que parece incontestável.

um beijo
Cristina disse…
astrid

eia mulher, trazes cada problema....olha, é pornografia pura. já vi a referência varias vezes mas é dificil de acreditar.
não sei que diga mais...

um beijo
Anónimo disse…
É verdade, da vontade e das circunstâncias....
Bj e bom fim de semana

Estas letras da verificação, dão cabo de mim....... LOL
C Valente disse…
A greve é um direito dos empregados, daqueles que tem emprego,não dos trabalhadores, aqueles que querem trabalhar,esses não tem condições nem luxo para tal.
nms querem emprego mas não querem trabalhar, outros, e que não tem poder reivindicativo, é o mexilhão, que sofre com os problemas de transporte, nos hospitais etc
Francis disse…
os sindicatos são um cancro da nossa sociedade, só não vê quem não quer.
Já comentei este assunto noutros sítios.
Aqui a primeira coisa que quero dizer é que ando cheio de ciúmes dessa senhora dos beijos no nariz. Qualquer dia sai notícia no Correio da Manhã ;)))
It's a joke

É preciso dizer que a greve foi convocada pelo PCP.
Pensar o contrário é ser ingénuo.
Falhou porque:

O PS não esteve de acordo.
O patronato não gosta de greves e com razão.
O sindicato dos maquinistas da CP é independente.
Grande parte do pessoal da Carris é contratada.
Portugal é Lisboa e o resto é paisagem.
Não havia nenhum motivo para uma greve geral i.e. não estava em causa nenhum direito fundamental.

Já agora e como disse noutros lados há sítios onde a greve é a 100% e para isso basta que 10% das pessoas a façam por exemplo hospitais e escolas ou seja enfermeiros e contínuas.
Anónimo disse…
Greves Gerais...
Há várias condicionantes que impedem o povo de as fazer? Tretas!
A precariedade de emprego, maioritariamente notada no funcionalismo público, existe por causa da ineficácia e falta de força dos sindicatos.
Existe porque os próprios trabalhadores, a maioria, se deixa pisar pelas chefias, muitas vezes com interesses muito próprios.
Greves gerais?
Não me incomodou rigorosamente nada esta greve dita geral. Porque pouco se fez sentir.
Não são só os "maiores" sindicatos - CGTP e UGT - os culpados. E os outros?
Enquanto não houver a pretensa greve geral, o povo continua a ser lixado e as entidades patronais/governos riem que nem uns perdidos.

Cristina, como disseste, este é um tema de discordâncias mas a discórdia não é nenhum "bicho de 7 cabeças".
Um beijinho.
125_azul disse…
Só é pena que a cavalgadura o juiz que escreveu o acordão do teu post anterior não entre em greve. PARA SEMPRE, grande anormalóide!!! Então crianças de seis anos não têm erecções? E elas são sempre voluntárias? Mas que raio de sexualidade tem esse senhor? Não sabe que os médicos alemães que queriam colher esperma para experiências genénicas com os judeus lhes introduziam paus no anus, em determinada posição e eles ejaculavam imediatamente? É que devia ser cá um gozo, um judeu magrinho, esfaimado, torturado, a quem tinham morto a família na câmara de gaz, a ter orgasmos assim FELIZES e CONSENTIDOS...
Beijinhos muito zangados (não contigo, claro!)
Cristina disse…
125

exactamente, uma das estimulações mais eficazes que provoca erecção inviluntária é a da próstata.

isto é de pessoa que não sabe o que é a sexualidade. e saberá ele que este tipo de erecção começa na infancia? até nos bebés? cristo!! tanta ignorância..

beijinhos
PA disse…
"Provavelmente, se a democracia sindical funcionasse no seio dos Sindicatos (em vez do contumaz centralismo democrático), os dirigentes da CGTP estariam agora de cabeça baixa a suportar a forte crítica dos sindicalizados pelo mal que fez ao sindicalismo português esta acção voluntarista mal amanhada e cujas justificações, objectivas e subjectivas, se resumiram a pouco mais que cumprir a agenda política do PCP."(João Tunes)

'tá boa esta !!!
escrita pelo seu estimado amigo João Tunes, Cristina.

Só me lembro daquela outra, da Maria de Lurdes Rodrigues (pessoa que por sinal muito estimo, como amiga, mas se estiver em desacordo, com ela, digo !), quando disse que a FENPROF estava ao serviço de uma agenda política.

E ela, Ministra da Educação não está também ao serviço de uma agenda política ?
E que agenda ....

Ó João Tunes, quem é que não está ao serviço de uma agenda política neste País ?

Ou as agendas políticas só existem quando se fala de partidos de esquerda ?

A ideologia foi toda para esquerda, cum caraças, "ganda" azar ... lololol ..

E já agora:

conheço muito boa gente que nada tem a ver com PCP e quejandos, e fez greve ...

beijos cristina

(eu hoje tou "torta")
pronto já desabafei .... uffff !

beijos Cris !

sofia
Cristina disse…
c valente

infelizmente assim é. e o que é que os sindicatos têm conseguido para esses tais que não podem fazer greve? nada, não são esses os seus clientes..

beijos
Cristina disse…
reporter

de que modo achas que um trabalhador precário tem força para precionar um patrão?
A precariedade de emprego, maioritariamente notada no funcionalismo público?? bolas, é a primeira vez que ouço tal coisa...

aliás ve-se. onde é que a greve se fez sentir? nas empresas privadas?
nas lojas, cafés, restaurante, cinemas, na industria? por favor...
fez-se sentir na função publica e pelos que podem faltar à vontade que nunca serão despedidos; estes são OS QUE TÊM DIREITOS.OS VERDADEIROS.
o resto é inventar.

um beijo
Cristina disse…
Fado

radical, como sempre...

beijos na ponta do nariz pra ti também que não quero aqui crimes passionais..

mais beijos
Cristina disse…
Sofia

repare no texto todo, se puder. o que o João quer dizer é que foi imposta pelo PC fora d'horas. mas um sindicato devia ser um pouco mais que isso.

é por estas que o povo já não os vê como representantes e pior que isso, não acredita no trabalho deles em sua defesa.
beijos
batuta disse…
Cris,

Venho sòmente aqui lembrar que o modelo de sindicalismo português, aquele que queria impôr a unicidade sindical através da lei, em 1975, e que foi derrotado pela dupla Soares/Zenha, é um modelo completamento arcaico pelo simples facto de ter como objecto da sua acção uma entidade que...deixou de existir: o proletariado.
À imagem e semelhança do "proletariado" marxista, inspirado na revolução de 1917 é impossível, em 2007, transpôr com sucesso conceitos e formas de luta idosas de quase um século.
O mundo mudou demasiado para estes arautos dos "amanhãs que cantam".
Cristina disse…
cris

talvez nessa altura imaginassem que os amanhãs cantariam. hoje, estes, tenho dúvidas.
o amanhã deles, talvez..

beijos
Alien8 disse…
Cristina,


Obrigado pelos beijinhos que lá deixaste.

Beijos para ti também.
Anónimo disse…
Não sou inventor e sei o que digo.
E quem quer fazer greve, faça. Essa é e será a força do trabalhador. Desde que haja união. Esse é o grande problema que se une à demagogia...

Para ti, um beijinho. Apesar do desacordo.
:)

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