27 de Out 1811
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Nascia Isaac Merritt Singer, em Pittstown, Nova Iorque.
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O homem sempre procurou vestir-se e manter-se confortável tendo, para isso, que submeter-se à árdua mão de obra exigida pela costura manual de tecidos e couros.
Foi há pouco mais de dois séculos que a primeira tentativa foi feita para transferir esse trabalho para um aparelho que o liberta dessa mão de obra espinhosa.
Foi há pouco mais de dois séculos que a primeira tentativa foi feita para transferir esse trabalho para um aparelho que o liberta dessa mão de obra espinhosa.
A primeira aproximação da mecânica foi através de Charles Wensenthal, 1755, que obteve uma patente inglesa de um mecanismo que consistia numa agulha de duas pontas com um orifício central, que foi projectada para atravessar o tecido com a ajuda de dois dedos mecânicos e liberta para permitir que um segundo par de dedos a segurasse do outro lado. Foi, na verdade, nada mais do que a imitação mecânica do serviço manual.
Posteriormente, várias tentativas foram feitas, já com máquinas de ponto corrente mas pouco práticas.
Finalmente, em 1850, Isaac Singer, filho de Adam Singer e Ruth Benson, aos 12 anos mudou-se para Oswego, New York, foi ajudante de maquinista e onde se viria a tornar actor e inventor; a dada altura, juntou-se a uma trupe de saltimbancos que actuava nas ruas e, quando estava de visita Boston, parou diante de uma loja de máquinas onde Orson Phelps tentara fabricar uma nova máquina de costura. Ao analisar cuidadosamente o modelo e o seu funcionamento, sugeriu modificações que revolucionaram sua fabricação. Ele introduziu, ao observar algumas máquinas em acção, além de uma agulha com orifício na ponta(que outras já possuiam) , propôs substituir a agulha curva por uma recta e fazer a lançadeira mover-se em vai-e-vem (e não em círculos). Com movimento vertical, foram utilizados na máquina ainda os seguintes elementos: lançadeira de barquinho, uma alavanca estica-linha, dispositivo de tensão de linha, uma mesa para apoiar o material a ser costurado, um calcador com acção de mola para eliminar as ondulações de tecido e um dente circular, emergindo sobre a mesa através de uma fenda. Uma polia com biela transmitia o movimento simultaneamente ao braço e à lançadeira, através de um jogo de engrenagens.
De início, a máquina não costurava e Singer esteve perto de abandonar o projecto quando se lembrou de um detalhe, tinha-se esquecido do ajuste do controle do estica-linha. Feita a alteração, a máquina costurou perfeitamente. A modificação do estica-linha foi tão importante que, até hoje continua a ser usado, com algumas modificações e aperfeiçoamentos.
Visando facilitar a compra das máquinas, a Singer foi pioneira na introdução do sistema de vendas a prazo. A empresa cresceu no mercado mundial e o nome Singer se firmou como sinónimo de máquina de costura.
Entretanto, um outro nome importante se interpunha entre Singer e o seu invento: Elias Howe. Começou a trabalhar numa fábrica de máquinas para a industrialização do algodão, onde concebeu a ideia de construir uma máquina de costura. Durante cinco anos dedicou todas as horas possíveis à realização do projecto até que construiu a mais antiga máquina de costura de uso prático (1841-1846). Viveu na Inglaterra a serviço de William Thomas (1846-1847), um fabricante de coletes, a quem vendeu os direitos de exploração de seu invento naquele país por 250 libras esterlinas e onde trabalhou por cinco libras semanais, para adaptar a máquina à costura de couro e tecidos grossos. Foi o primeiro a patentear uma máquina tendo uma agulha com olho na ponta que transportava um fio contínuo e fazia costura fechada. Com o aparecimento de outros modelos de máquinas de costura, nomeadamente a de Singer, encetou uma luta judiciária pela posse da patente, contra este ,na qual saiu ganhador definitivamente (1854).
Comentários
Hoje vê mal devido à diabetes e, desde criança a reconhecer o logo da Singer, a máquina da Singer, a ter inveja do tempo sentada a pedalar a Singer.
Desculpa, mas não te posso elogiar a posta. Para o mal e para o bem, preferia nunca mais me lembrar que a Singer existia.
O teu amigo, adversário e concorrente
joshua
Bom fim de semana, Cristina.
Beijocas.
A velha máquina Singer! Quem não a conheceu?
Da minha geração creio que quase todo mundo.
Hoje não sei........
És uma mulher culta Cristina.
Lí alguma parte dos outros blogs.
Tenhas um ótimo fim de semana.
Do Brasil meu cordial abraço.
Geraldo
abraço
intruso
Xi! como me chateia esta treta da mudança da hora!
Mas o post não é sobre o meu humor alterado mas sobre as máquinas que foram inventadas para nos fazer felizes. Acho que a maior felicidade que aquelas máquinas dão, é quando estão fechadas, a servir de suporte para uns biblots, livros e vasos de flores.
Ainda assim que gosto tinham as mulheres ao passarem horinhas a fio a pedalar sem sair do mesmo sítio, de olhos enfiados num bico que fazia cobras de fios em cima dos tecidos?
Pronto; já estou a imaginar mentes perversas a extrapolar coisas...
Chiça que não se pode falar a sério...
o prazer da criação. eu sei, a minha mãe foi modista, e eu propria cheguei a fazer umas coisas, é fantástico transformar um bocado de pano numa coisa que te torna bonito e sedutor. quando isso acontece, não ha dinheiro que pague, é quase como uma plástica....
:)
não te gusta a mudança da hora, porquê? eu não me importava que acrescentassem uma hora aos dias todos os dias..:p
bjuuzzz
a minha, só uma parte da vida mas, fazia-o como se estivesse a pinatar um quadro...tal era o número de retoques e aperfeiçoamentos, que chegavam às combinações de cores e sequencias das fantasias dos tecidos nas costuras. "é obra"...
xiii, é verdade, Paulo de Carvalho..(grande voz)
nahhh, estou muito longe de ser culta, sou apenas curiosa.
um beijo, obrigada pelas leituras, volta sempre.
Não é pelo facto de ser puder criar coisas lindas numa máquina que eu estava a referir. A minha mãe era e ainda é uma artista a mexer nessa maravilha. O que eu referia um pouco azedo de facto pela mudança da hora, era a questão das mulheres serem obrigadas a ter que trabalhar nelas quase como escravas em troco de quase nada. Associo a máquina a uma imagem que me ficou em criança quando vim a Portugal de férias em que fui com a minha mãe a uma casa de costura e vi como as senhoras nem levantavam os olhos das máquinas. Todas elas rodeadas de fios e tecidos, numa lufa lufa, de caras tensas e cansadas e isso francamente desagradou-me.
Ah,casi que me olvidava, Me gusta eso de los besitos, cariño. ;)
:(( Sorry dear....
Sweet kisses
(os homens pois que têm esta mania que as mulheres adivinham tudo.... Es que no es verdad)
e agora vou ver um pouco de "Frida", se não adormecer :)
ps-los besos es lo que tienen, cuántos más das más tienes...entonces, hay que dar los. cariño.
:p
Não. O da "Aquela máquina" (Regisconta) não era o Paulo de Carvalho (que tem uma grande voz, sim).
Sabes quem era?
:)))
Beijoca.
o " Aquela mánica, digo máquina"--- :)
Casa sem máquina de costura não é a minha, de certeza!
Singer, Oliva e mais recentemente uma que não lhe sei o nome.
Volta e meia, amiude, para ser mais precisa, são destapadas e usadas até quase à exaustão!
:-)
Bela invenção, esta!
(qual era o anuncio do Paulo de carvalho?)
pois é, mesmo graaaande lol
na minha ha uma automática. grande invenção também, não cansa os pés...
(mas o melhor, é que há uma pessoa para a usar :p)
Anúncio do Paulo de Carvalho, assim de repente... olha, não me lembro :)