Jemaa el-Fna. Pelo menos uma vez na vida.
O melhor conselho a dar a quem pretende visitar pela primeira vez a cidade é começar pela majestosa praça Djemaa el-Fna, bem no centro da medina. Assistir ao pôr do sol em plena Djemaa, sentado no terraço de um dos inúmeros cafés que circundam a praça enquanto bebe um típico e adocicado chã verde com hortelã, é contemplar um espectáculo digno de um qualquer filme do Indiana Jones. É fácil perceber de onde veio a inspiração. No local, com uma dimensão quatro vezes maior que o nosso Terreiro do Paço, assiste-se a uma miríade de cenas e espectáculos. Dos vendedores de fruta, com destaque para as laranjas e tâmaras, a uma tenda gigante onde centenas de personagens cozinham uma variedade de iguarias onde a gordura é dona e senhora. E depois há os espectáculos, imperdíveis. Míticos encantadores de serpentes, macacos amestrados a posar para as fotos, tatuadoras de henna, malabaristas, músicos, contadores de histórias, disputas de boxe e mesmo curandeiros. (daqui)
Assim é o coração da Medina, onde está o maior restaurante a céu aberto do mundo. Com duas coisas absolutamente maravilhosas: filas de carros com apelativos vendedores ambulantes de sumo de laranja a 40 DH o copo, ou seja, menos de 50 cêntimos por um enorme copo de sumo feito à nossa frente, alternando com filas de carros com vendedores de caracóis. Isso mesmo: os famosos caracóis marroquinos estão lá, em grandes panelões, sempre a sair, deliciosos, com um cheiro divinal e um sabor melhor ainda. É o paraíso.
Nas tendas, há toda a parafrenália de pratos típicos: tagines (prato com tampa em forma de cone) de borrego, frango ou legumes, couscous nas mesmas variantes, cabeça de carneiro, espetadas de carne e peixe frito, acompanhados de uma infindável variedade de azeitonas com outras tantas variedades de temperos.
Uma orgia gostativa de onde saímos vivos, mas não os mesmos.
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